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MULHER RELATA MUDANÇA DE VIDA AO TROCAR BANHO DE CUIA POR CHUVEIRO

Moradora do Residencial Alamedas do Pontal, entregue há dois meses pela Prefeitura, Zelândia é exemplo para quem sonha com casa própria

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Imagem ilustrativa da imagem MULHER RELATA MUDANÇA DE VIDA AO TROCAR BANHO DE CUIA POR CHUVEIRO
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Tomar banho de chuveiro, situação cotidiana para muita gente, pode representar uma mudança de vida para pessoas que vivem em moradias subumanas. Uma maceioense que retrata muito bem esta condição é a aposentada Zelândia de Jesus, 56 anos, moradora do Residencial Alamedas do Pontal, no bairro Benedito Bentes, entregue há dois meses.

“O apartamento é bonito, muito bom. No banheiro tem até uns locais para me apoiar enquanto tomo banho. Lá [na lagoa] era banho de cuia, aqui tomo banho até sentada”, conta, sorrindo.

A mudança na vida de Zelândia é compartilhada por centenas de famílias moradoras do mais novo conjunto habitacional de Maceió. Antes da mudança, nenhuma das 480 famílias contempladas tinha casa própria. Parte delas vivia em condições subumanas em áreas de risco, como a orla lagunar, no Vergel do Lago.

Zelândia de Jesus conta como se deu a mudança em sua vida. Ela diz que após o assassinato de seu filho, há quatro anos, passou a morar sozinha na Favela Sururu de Capote, em um barraco com cerca de 1,5m x 5m, quase desabando. No local, dividia espaço com ratos, baratas e, sem espaço para colocar uma cama, dormia em quatro cadeiras perfiladas no corredor.

À época, antes de se mudar para o novo lar, Zelândia relatou a dificuldade de morar na região. “Não tenho banheiro, não tenho espaço para colocar uma cama. Lá em cima, com certeza, será um conforto. Eu estava aperreada para ganhar logo, porque o barraco está com escoras e com a chuva se aproximando tem risco de cair sobre mim. Já acordei diversas vezes com ratos e baratas em cima de mim. É terrível”, relatou, antes da mudança para o novo lar.

Instalada no novo endereço, longe da precariedade da favela, Zelândia declara estar realizada’. “Quando descobri que ganhei minha casa fiquei muito alegre e satisfeita. Uma bênção de Deus na minha vida. O apartamento é bonito, muito bom. Vou viver direitinho até eu morrer. Quando isso acontecer, a casa vai ficar pra minha neta, minha herdeira”, completa.

A nova realidade de dona Zelândia é similar à de mais de 7.900 pessoas que já estão morando em unidades habitacionais entregues pelo prefeito JHC em pouco mais de um ano de gestão.

“Não temos medido esforços para garantir moradia digna a quem mais precisa em Maceió. Já entregamos 1.980 apartamentos e temos cerca de 4 mil unidades em construção e bem perto de serem entregues”, comenta o secretário municipal de Habitação, Eduardo Rossiter.

No Benedito Bentes, a Prefeitura de Maceió tem três residenciais a serem entregues: Alamedas Farol, Alamedas Jatiúca e Alamedas Pajuçara. Juntos somam 1.440 unidades habitacionais esperando ser ocupadas.

Na Santa Amélia, são mais três residenciais em construção: Diana Simon, Pedro Teixeira I e II. Eles vão abrigar mais de 4.700 pessoas em 1.180 apartamentos. Já no Santos Dumont, os conjuntos residenciais Mário Peixoto I e II devem ser entregues ainda este ano, contando com 192 casas em cada conjunto.

Além destes, o Município está erguendo o Parque da Lagoa, no Vergel do Lago, com 1.776 apartamentos para os moradores das favelas Mundaú, Sururu de Capote, Peixe e Muvuca, incluídos no levantamento habitacional feito pela Prefeitura em 2019.

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