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CASOS DE DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA AUMENTAM EM ALAGOAS

Doenças transmitidas pelo Aedes aegypti tiveram crescimento de até 437% nos primeiros meses do ano em comparação ao período de 2021

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Imagem ilustrativa da imagem CASOS DE DENGUE, ZIKA E CHIKUNGUNYA AUMENTAM EM ALAGOAS

Com o clima quente e úmido típico de Alagoas, anualmente, a população do estado sofre o receio de receber a visita do mosquito Aedes Aegypti, famoso pela transmissão do trio de doenças: dengue, zika e chikungunya. Nesse início de ano, mesmo sem registro de óbitos em decorrência dessas doenças, o número de casos aumentou consideravelmente em comparação com o mesmo período de 2021.

De acordo com os dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação/MS (Sinan/MS), divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), mesmo com o aumento de casos, a chikungunya, causadora de dores intensas nas articulações de pés e mãos, teve o menor crescimento - 40% -, enquanto os casos de zika aumentaram 437,5% e os números de dengue subiram de 143 casos registrados em 2021 para 521, o que representa 264% de aumento no período em relação a 2021.

Responsável pela emergência global de 2019 e por danos cerebrais em bebês, principalmente no verão de 2015/2016, o aumento dos infectados com o zika vírus preocupa principalmente as gestantes. Nos três primeiros meses do ano, os números de casos confirmados subiram de 8, em 2021, para 43 em 2022.

De acordo com o enfermeiro José Jefferson (Coren/AL 622138), casos de zika em gestantes e crianças têm sido cada vez mais comuns durante os dias de atendimento. “Na Unidade de Pronto Atendimento em que eu trabalho tem sido constante a presença de grávidas que chegam infectadas com a zika, o que nos preocupa, devido à questão da mortalidade, já que os casos vêm aumentando. Estamos orientando cada vez mais para a prevenção realizada dentro de casa”, disse José Jefferson.

O enfermeiro alerta as gestantes sobre os cuidados básicos para combater o mosquito Aedes aegypti. “As gestantes devem ter um cuidado redobrado, utilizando repelente, camisas de mangas longas, evitando água parada para que a mortalidade não aumente como o número de casos. Muitas chegam com os sintomas que associam à Covid e se surpreendem com o diagnostico”, comenta.

PREVENÇÃO

Com apenas uma forma de prevenção, que consiste em evitar o acúmulo de água parada dentro da própria casa, a população pode evitar, a propagação do mosquito Aedes aegypti.

A psicóloga Ana Luiza Oliveira conta que desde que um familiar sofreu com os sintomas da chikungunya, os cuidados dentro de casa foram intensificados. “Tenho muitas plantas em casa, com isso, desde que o mosquito apareceu por aqui, a atenção com as águas acumuladas nos vasos é redobrada, recebi até elogios dos agentes de endemias que passaram para inspecionar o local.”, contou.

O trabalho de conscientização para prevenir o mosquito também tem acontecido dentro das escolas. Ana Luiza relata que seu sobrinho tem sido um grande auxiliar no combate ao transmissor da dengue, zika e chikungunya desde que a escola começou a orientar os alunos.

“Um dia ele chegou em casa contando que é importante tomar vários banhos durante o dia, passar repelente, não deixar as plantinhas com muita água, sacos de lixo abertos e manter a piscina limpa. Desde então, ele virou meu companheiro fiel no combate ao Aedes. aegypti”, conta Ana Luiza.

*Sob supervisão da Editoria de Cidades

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