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QUEBRANGULO É O MUNICÍPIO COM MAIOR INCIDÊNCIA DE ZIKA NO BRASIL

Cidade tem 67 dos 87 casos registrados em AL no 1º trimestre deste ano, 598 casos por 100 mil habitantes

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Imagem ilustrativa da imagem QUEBRANGULO É O MUNICÍPIO COM MAIOR INCIDÊNCIA DE ZIKA NO BRASIL

Com população estimada em 11.202 habitantes, o município de Quebrangulo, no Agreste de Alagoas, registra a maior incidência do Brasil em casos de infecção pelo Zika vírus este ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde (MS). A taxa registrada no município é de 598,1 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. A incidência nacional é de 0,7 caso por 100 mil.

Em números absolutos, a cidade contabilizou 67 casos no primeiro trimestre de 2022, do total de 87 registrados no período em todo o Estado de Alagoas.

De acordo com o Ministério da Saúde, pelo menos 87 casos de Zika foram registrados em todo o território alagoano no primeiro trimestre de 2022, o que dá uma taxa de 2,6 casos a cada 100 mil habitantes em Alagoas. Essa taxa é a terceira maior do Nordeste e a quarta maior do Brasil.

Em todo o Brasil, há 1.480 casos prováveis de Zika este ano, correspondendo a uma incidência de 0,7 caso por 100 mil habitantes. Nenhum óbito foi registrado. Segundo o Ministério da Saúde, o Zika é um vírus transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti, sendo a única forma de infecção a picada do mosquito contaminado. Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo Zika vírus não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são: dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos.

SINTOMAS

Em geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito. Não existe tratamento específico para a infecção pelo Zika vírus. Também não há vacina contra o vírus. O tratamento recomendado para os casos sintomáticos, segundo o Ministério da Saúde, é baseado no uso de analgésicos para o controle da febre e da dor. No caso de manchas vermelhas e coceira na pele, os anti-histamínicos podem ser considerados.

Para evitar a transmissão da doença, é fundamental eliminar os focos de criação do mosquito, por meio da eliminação do acúmulo de água parada em recipientes no quintal, vasos de planta e demais objetos, como pneus velhos e lixo. É orientado ainda que caso seja observado o aparecimento de manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, deve-se procurar atendimento em um serviço de saúde e não tomar medicamentos por conta própria.

SÍNDROME CONGÊNITA

A principal preocupação dos órgãos públicos de saúde, no controle e prevenção do Zika vírus, é a síndrome congênita da Zika, caracterizada pela transmissão do vírus da mãe para o bebê durante a gestação e se apresenta com uma diversidade de quadros clínicos, que vão de casos assintomáticos à microcefalia e outras anomalias no desenvolvimento neurológico, manifestadas na primeira infância.

Antes da Covid 19, o zika foi a última emergência mundial em saúde pública. O Brasil foi o país com maior número de casos da doença, no verão de 2015 e 2016. A epidemia afetou principalmente o nordeste brasileiro, onde milhares de bebês nascidos de mães infectadas pelo vírus desenvolveram microcefalia associada à doença.

Além da Zika, o mosquito Aedes aegypti também transmite a dengue e a chikungunya, doenças comuns nesta época do ano. Uma das principais medidas de prevenção contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti é evitar o acúmulo de água parada e descoberta, onde o inseto possa depositar seus ovos e se reproduzir.

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