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Nº 5808
Cidades

Governo n�o tem dinheiro para revitaliza��o do Rio S�o Francisco

ROBERTO VILANOVA O presidente da Agência Nacional de Águas - ANA- Jerson Kellman, admitiu, ontem, não haver dotação orçamentária para a revitalização do Rio São Francisco e culpou a demora na aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Fina

Por | Edição do dia 16/04/2002 - Matéria atualizada em 16/04/2002 às 00h00

ROBERTO VILANOVA O presidente da Agência Nacional de Águas - ANA- Jerson Kellman, admitiu, ontem, não haver dotação orçamentária para a revitalização do Rio São Francisco e culpou a demora na aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira – CPMF. Durante debate com empresários, o presidente da ANA disse que o governo está sendo obrigado a fazer o contigenciamento orçamentário para compensar a falta de recursos financeiros oriundos da cobrança da CPMF. Kellman não quis sequer adiantar de quanto dispõe para a revitalização e chegou a consultar um assessor, mas garantiu que o projeto é prioritário para o governo. O presidente da ANA explicou que, até agora, só foram empenhados 38% da dotação orçamentária aprovada para o Ministério do Meio Ambiente. O projeto de revitalização do São Francisco está orçado em R$ 3 bilhões. O presidente da ANA dissertou sobre o projeto e adiantou que a revitalização do São Francisco está muito mais na bacia, que no rio. “O desmatamento das encostas, a degradação dos afluentes e a falta de saneamento nas cidades ribeirinhas, esses são os grandes problemas do São Francisco que não estão diretamente no rio, mas na bacia. E não adianta dragar o rio e deixar que esses problemas permaneçam; é preciso recuperar a Bacia do São Francisco”, sustentou. Mas não é só a revitalização que é prioridade, a transposição das águas do São Francisco para abastecer o Nordeste Setentrional (semi-árido do Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte), também é, embora o projeto tenha sido retirado da pauta de discussão do governo. “Não vamos discutir a transposição como se fosse uma queda-de-braço entre Estados. A transposição não pode ser feita antes da revitalização, pois ninguém vai tirar sangue de um doente. Tem outro aspecto: quando falamos de transposição estamos nos referindo tanto à transposição de água do São Francisco para o Nordeste Setentrional, quanto à transposição de água do Rio Tocantins para o São Francisco”, completou. O presidente da ANA afirmou que o governo vai gerenciar os recursos hídricos do País para evitar os desperdícios, principalmente de água destinada ao consumo humano – o índice de 45% de perdas no Brasil é um dos maiores do mundo; o objetivo é reduzi-lo para 20% no máximo.

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