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MÃES ENFRENTAM NOVA ROTINA COM FLEXIBILIZAÇÃO DOS PROTOCOLOS

Mulheres que se tornaram mães na pandemia encaram agora múltipla jornada das atividades presenciais

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Imagem ilustrativa da imagem MÃES ENFRENTAM NOVA ROTINA COM FLEXIBILIZAÇÃO DOS PROTOCOLOS
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Com dois anos de pandemia, as mães encaram nova mudança na realidade em meio a flexibilização das medidas sanitárias. A volta à rotina, que consiste em levar crianças para escolas e trabalho presencial, entre outras tarefas, exige mais das mulheres, principalmente das que têm filhos pequenos. Para as que se tornaram mães durante a pandemia, desdobrar-se entre a casa, o trabalho e a escola é um desafio a mais.

A Gazeta entrevistou três mães que tiveram suas rotinas afetadas pelo coronavírus e tentam se readaptar. A dentista Bárbara Bertoldo, de 28 anos, é mãe de Valentina, de 2 anos, que nasceu no auge da pandemia. “No nascimento de Valentina, não recebemos visitas, foi um momento de muitos cuidados. O puerpério também não foi fácil. Fiquei somente dentro de casa, sem trabalhar”, conta.

Um mês depois da licença, Bárbara precisou voltar ao trabalho, tendo que deixar Valentina, ainda pequena, em casa. A partir daí, passou a conciliar o seu trabalho e a maternidade.

Ela diz que chegou a sentir “culpa” pela dupla jornada. “Voltei a trabalhar em um ritmo nada comparado ao de antes. As horas fora de casa eram cronometradas por conta da amamentação. A primeira vez que deixei a Valentina para trabalhar foi difícil, mesmo deixando ela com minha mãe e com o pai dela. Peguei o elevador com os olhos marejados, mesmo sabendo que ela ainda não entendia nada. E isso é ser mãe. Sempre vamos sentir culpa por tudo, por mais que a gente sempre tente fazer o melhor”, diz, emocionada.

Valentina encarou aprendizado da convivência

Com a flexibilização dos protocolos sanitários, Valentina começou a estudar. A rotina mudou, tendo a dentista que incorporar novas atividades presenciais, inclusive a adaptação da menina à convivência com outras crianças.

“Valentina começou na escolinha esse ano, final de janeiro. Coloquei receosa, mas, ela estava ficando uma criança com medo das outras crianças, pela falta do convívio. O medo dela era tanto, que ela chorava só de alguma criança ficar perto dela. A primeira semana de escola foi difícil. Chorava ela de um lado, e eu do outro. Mas com um mês de escola, a 'chavinha' virou e ela passou a conviver com outras crianças sem nenhum medo. A rotina ficou cada vez mais difícil tendo que ser ortodontista, dona de casa, esposa, filha, madrasta, mas, aos poucos, tudo foi se encaixando e adaptando”, informa.

“É árduo conciliar a maternidade e o trabalho em qualquer fase da vida. Mas na pandemia, foi mil vezes mais complexo. Inclusive, palmas para quem teve filhos nessa época, como eu. A maternidade é muito romantizada pelos outros. A realidade é totalmente diferente. Uma criança exige muito de nós, mulheres. É dedicação exclusiva. Valentina está com 2 anos, mas, isso não minimiza essa dedicação. Existe uma rotina de acordar, café, banho, fazer atividade da escola, brincar, tirar a soneca da manhã, almoçar, arrumar para escola, deixar e buscar, jantar, brincar, banho, arrumar para dormir. E, junto de tudo isso, conciliar todas as outras funções. Graças a Deus, hoje, tenho uma babá que me ajuda muito, mas não diminui minha responsabilidade e funções”, acrescenta.

Bárbara reforça a força da mulher que, na pandemia, conseguiu se desdobrar para cuidar de seus filhos e, hoje, em meio à flexibilização e novas rotinas, continuam dando conta das tarefas. “Eu amo meu trabalho, amo minha profissão, amo cuidar das pessoas de uma maneira humanizada. Trabalhar me faz bem, faz manter meu equilíbrio e minha mente no lugar. Trabalhando, consigo ser uma mãe melhor para minha filha”, salienta.

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