Novo movimento se instala em Alagoas e interdita a BR-101
Sucursal União dos Palmares - Para marcar a sua instalação em Alagoas, o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) interditou por cerca de uma hora, na manhã de ontem, a BR-101, nas proximidades da Usina Bititinga. Eles exigiam uma reunião com repre
Por | Edição do dia 16/04/2002 - Matéria atualizada em 16/04/2002 às 00h00
Sucursal União dos Palmares - Para marcar a sua instalação em Alagoas, o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) interditou por cerca de uma hora, na manhã de ontem, a BR-101, nas proximidades da Usina Bititinga. Eles exigiam uma reunião com representantes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para incluir os integrantes do movimento social na meta de desapropriações para este ano em Alagoas. Segundo o tenente Antônio Casado, do Centro de Gerenciamento de Direitos Humanos da Polícia Militar, existem mais de 200 integrantes do movimento em Alagoas. Coordenadores do movimento nos informaram que Alagoas é o décima unidade da Federação onde o MLST está atuando, disse. A rodovia foi liberada após negociação entre os sem-terra e oficiais do Centro da PM. Ficou garantida uma reunião para hoje com o Incra e representantes do MLST, afirmou o capitão PM Paranhos, acrescentando que ainda não estão definidos a hora e o local do encontro. Durante o bloqueio, o trânsito na BR-101 foi controlado por homens da Polícia Rodoviária Federal, que orientavam os motoristas. Maceió À tarde, mais de 200 sem-terra do Movimento dos Trabalhadores e da Comissão Pastoral da Terra (CPT) acampados na Usina Bititinga seguiram em marcha pela BR-101 até o município de Messias onde pernoitaram. Hoje, eles seguem para a Universidade Federal de Alagoas (Ufal). O cortejo interditou um dos lados da rodovia federal e chegou a causar congestionamento. Os trabalhadores reivindicam as terras das fazendas Prazeres I e II e Caldeirões, em Flexeiras. Nesta quarta-feira, os sem-terra chegam ao Centro de Maceió, onde realizam o ato do Dia Internacional de Luta Camponesa, junto a outros movimentos sociais. A marcha acontece em memória dos 19 trabalhadores rurais sem-terra assassinados em Eldorado dos Carajás, em 1996.