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Cidades

AFUNDAMENTO DE SOLO REDUZ EM 80% NÚMERO DE PASSAGEIROS DO VLT

Trecho da linha férrea que foi inativado é compensado com transbordo de passageiros para ônibus custeados pela mineradora, alongando viagem

Por greyce bernardino | Edição do dia 14/05/2022 - Matéria atualizada em 14/05/2022 às 04h00

Os problemas causados pela mineradora Braskem não só provocaram um grande vazio urbano, como também afetaram a mobilidade urbana da capital.

Com o fechamento do acesso a quatro bairros - Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto - e a consequente perda da Avenida General Hermes, que ligava o Centro à Chã de Bebedouro e Chã da Jaqueira, o veículo Leve sobre Trilhos (VLT) teve seu funcionamento afetado e lida diariamente com a queda de passageiros, que já chega a 80%, segundo a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Um transbordo - transferência - está sendo feito nas estações do Bom Parto e Bebedouro para ajudar aos passageiros que precisam do transporte, principalmente àqueles que usam o VLT para ir ao trabalho.

Quem vem de Rio Largo, desce em Bebedouro, pega um ônibus contratado para tal fim e salta na estação de Bom Parto, onde apanha outro VLT para o Mercado, Estação Central ou Jaraguá. Na volta, a mesma coisa. Já o passageiro que sai de Jaraguá salta no Bom Parto, apanha um ônibus e vai para a Estação de Bebedouro, onde pega outro trem e segue para Rio Largo ou Lourenço de Albuquerque, conforme explicou a companhia.

“A CBTU teve uma redução de 80% dos passageiros em face da interrupção do trecho entre Bom Parto, Mutange e Bebedouro. O transporte de passageiros na baldeação entre Bebedouro e Bom Parto e vice-versa está sendo feito por ônibus disponibilizados pela CBTU e custeados financeiramente pela Braskem”, informou a companhia, por meio de nota.

Apesar da queda de passageiros e da interrupção em algumas partes do trajeto do transporte, o VLT deve continuar operando na capital. O problema de afundamento de solo não deve interromper sua operacionalidade. “O futuro dele continua sendo muito importante para a mobilidade urbana”, frisa.

A reportagem procurou a mineradora Braskem, que informou manter discussões técnicas e transparentes com a CBTU com o objetivo de encontrar de forma célere a solução mais adequada para o trecho da linha férrea atualmente interditado.

“Além disso, todos os termos de cooperação assinados com a CBTU visam a continuidade operacional da atual linha do VLT e estão sendo respeitados e ajustados conforme a evolução das tratativas”, completa.

A Braskem tem realizado ações para aperfeiçoar o atual sistema de transbordo de passageiros entre as Estações Bebedouro e Bom Parto, a exemplo da instalação de banheiros, placas de sinalização e cobertura nos pontos de baldeação, restauração de calçadas e muros. O transbordo é feito com a utilização de seis ônibus para uso exclusivo dos passageiros da CBTU.

“A Braskem seguirá dialogando com a CBTU para a definição de novas ações que possam aperfeiçoar a atual operação de transbordo”, conclui a mineradora.

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