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Justiça

ITALIANO É CONDENADO A MAIS DE 36 ANOS DE PRISÃO POR ASSASSINATO

Pasquale Palmieri matou companheiro de sua ex-mulher e tentou assassiná-la em frente ao Fórum

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Ex-esposa de Pasquale Palmieri presta depoimento em júri que condenou italiano
Ex-esposa de Pasquale Palmieri presta depoimento em júri que condenou italiano -

Foi condenado a 36 anos e sete meses de prisão, em regime fechado, o italiano Pasquale Palmieri. Ele assassinou José Benedito Alves de Carvalho, na frente do fórum do Barro Duro, em Maceió. O julgamento aconteceu nesta terça-feira (31), no mesmo fórum. Palmieri também foi condenado por tentativa de homicídio contra a advogada Maricélia Schlemper e contra a ex-esposa dele, Dhanalutchmee Palmieri. O italiano ainda foi condenado por porte ilegal de arma de fogo e não poderá recorrer da decisão em liberdade. O juiz também condenou Pasquale Palmieri ao pagamento das custas processuais, pois, segundo o magistrado, embora tenha sido assistido em plenário pela Defensoria Pública, os autos deixam claro que ele tem condições de fazer tal pagamento, especialmente porque constitui advogados ao longo do feito, bem como em razão da já mencionada discussão patrimonial nos autos em trâmite na vara de família. O crime ocorreu na tarde do dia 9 de março de 2021. Na ocasião, Maricélia estava no Fórum, representando Sandra em processo de divórcio entre sua cliente e Pasquale. À Justiça, Maricélia e Sandra afirmaram que eram os alvos iniciais do acusado. José Benedito teria sido atingido fatalmente ao se posicionar na frente de sua esposa Maricélia, para defendê-la. A defesa requereu o afastamento das acusações de tentativas de homicídio e feminicídio contra as duas mulheres, no entanto, o juiz Filipe Munguba, que proferiu a sentença de pronúncia, entendeu que tais fatos devem ser julgados pelo Júri. “Apesar da negativa [...], as provas colhidas em Juízo são suficientes para levar o réu ao crivo do Conselho de Sentença em relação a todas as imputações constantes na denúncia, posto Maricélia e Sandra afirmaram em Juízo que foram as primeiras na mira da arma do réu, que chegaram a ouvir estampidos, mas a arma falhou, e que ainda correram perseguidas pelo réu, que dizia que ia matá-las”, diz a sentença.

ALERTA

Em depoimento, a ex-mulher do italiano disse que foi alertada pela filha mais velha do homem, que ele teria comprado uma arma para matá-la. Ela também afirmou que o acusado ameaçou arremessá-la, junto com a filha caçula, do 6° andar de onde moravam. O crime também tinha como vítima a advogada Maricélia Sclemper, que defendia a ex-mulher do italiano no processo de divórcio do casal. Na ocasião, a advogada e seu esposo José Benedito foram até o Fórum no Barro Duro, onde se encontrariam com a ex-mulher do italiano e cliente de Maricélia, após insistência do Pasquale Palmieri. Assim que estacionaram o veículo, perceberam que o mesmo se aproximava. O italiano perguntou a advogada se seria possível naquele dia as partes chegarem a um acordo, porém, já estava com todo crime arquitetado. Em seguida, pegou o revólver calibre 32 e tentou atirar na ex-mulher, mas a munição pinou. Por sua vez, ele apontou a arma para a cabeça de Maricélia, momento em que José Benedito ficou na sua frente como escudo, livrando-a da mira com um empurrão, e foi atingido por dois tiros, sendo um no tórax e outro na mão. José Benedito foi socorrido, mas não demorou muito tempo para entrar em óbito. Ao todo, sete pessoas prestaram depoimento. “É inimaginável o tamanho da sequela causada por um crime tão bárbaro, cometido com tamanha ousadia, frieza, causando comoção em toda a sociedade alagoana. Temos um homicídio, uma tentativa de feminicídio, porque ele tentou matar a ex-mulher, e mais uma tentativa de homicídio contra uma advogada no exercício da profissão. É preciso que foquemos no processo que vem da autoria intelectual até a material, pois o senhor Pasquale planejou tudo minuciosamente. É fato que insistiu com seu advogado para marcar uma audiência justificando que tentaria um acordo, mas a intenção era mesmo assassinar as duas mulheres porque não aceitava ter perdido a causa. Não somente o crime do Bill prova isso, mas os detalhes, ele adulterou a placa do veículo, tinha quase seis mil reais no carro e pretendia fugir. Ele mesmo confessou. E não daremos brecha para acharem que, por ter 74 anos, ele é um senhorzinho indefeso. Ele é um criminoso frio e calculista. Então, estaremos, eu e o doutor Thiago, empenhados para que a justiça seja feita, acreditamos nela ”, afirmou o promotor de Justiça Frederico Monteiro.

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