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Justiça

ACUSADO DE MATAR ADVOGADO É CONDENADO A 24 ANOS DE PRISÃO

Corpo de jurados condenou Antônio Wendell Guarnieri nesta terça por crime triplamente qualificado

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O corpo de jurados condenou, na noite dessa terça-feira (31), Antônio Wendell Guarnieri, acusado de matar o advogado Nudson Harley Mares de Freitas por engano, no lugar do juiz aposentado Marcelo Tadeu. A condenação resultou em uma pena de 24 anos e seis meses de prisão, em regime fechado.

O promotor de Justiça Antônio Villas Boas, que esteve à frente da acusação, entende que a pena aplicada atendeu às expectativas. O júri - ocorrido no Fórum do Barro Duro, em Maceió, - durou 12 horas e foi presidido pela juíza Lívia Matos. O crime ocorreu em julho 2009, no bairro de Mangabeiras, em Maceió. “O réu foi condenado a uma pena de 24 anos e seis meses, por crime triplamente qualificado: mediante paga, perigo comum e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, uma vez que foi surpreendida pelos seus algozes quando estava em uma ligação em um telefone público localizado em frente à Farmácia São Luiz, na Rua João Davino, bairro Mangabeiras”, enfatiza Villas Boas. Consta nos autos que o advogado mineiro teria morrido por engano, no lugar do juiz aposentado Marcelo Tadeu. A vítima estava em Alagoas, a trabalho. Segundo o promotor Villas Boas, a defesa tentou derrubar as qualificadoras, inclusive apontando que o réu se dispôs a ser ouvido em delação premiada. “O Conselho de Justiça refutou a tese de defesa, que apelou para que reconhecessem a delação premiada do réu Wendel Guarnieri, mas isso não ocorreu e, finalmente, foi feita a justiça que era tão aguardada pela viúva e os demais parentes. Com a condenação dele, o Ministério Público tem a convicção de que cumpriu o seu papel, promoveu justiça e, hoje, a sociedade alagoana está de parabéns”, afirma o promotor Villas Boas.

O CASO

O advogado mineiro Nudson Harley Mares de Freitas foi assassinado no dia 3 de julho de 2009, no bairro Mangabeiras, em Maceió. A reportagem teve acesso à íntegra do indiciamento, no qual a PF trouxe o caso com riqueza de detalhes, citando depoimentos, interceptações telefônicas e outros elementos. De acordo com as investigações da PF, o autor material do crime, Antônio Wendell de Melo Guarniere, foi cooptado pelo policial militar Natan Simião para praticar um homicídio.

Segundo a PF, as evidências indicaram que o advogado fora morto por engano no lugar do juiz Marcelo Tadeu.

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