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Funda��o Carlos Chagas descarta anula��o de concurso da Caixa fraudado em Alagoas

A Fundação Carlos Chagas - responsável pelas provas do concurso para a Caixa Econômica Federal (CEF) - garante que os testes realizados no domingo (18), em Maceió - não serão anulados, apesar da prisão de quatro acusados de fraudarem os exames. Para o superintendente de operações externas da Fundação, Ricardo Iglesias, o concurso foi considerado tranqüilo e há mecanismos de segurança para evitar que a fraude comprometa toda a seleção. Tanto que o resultado da prova foi confirmado para o próximo dia 5 de agosto, quando estará disponível no endereço eletrônico www.comcursosfcc.com.br e nas agências da Caixa para consulta dos candidatos. Segundo o representante da Fundação Carlos Chagas, as provas aplicadas pela entidade têm dois mecanismos de segurança para prevenção de fraudes. O primeiro consiste na diversificação do gabarito. Apesar de a prova ser a mesma, a seqüência em que se encontram as questões e as opções de resposta mudam de uma prova para outra. Tanto variam a seqüência de questões dentro da prova, como de opções de resposta, dentro da questão. Num mesmo teste, segundo Ricardo Iglesias, existem de cinco a seis variações. Caso uma pessoa passe as respostas de fora para dentro dos locais de prova, é muito pequena a possibilidade de a seqüência de perguntas e das opções de resposta ser rigorosamente igual. O outro mecanismo é a coleta das digitais dos candidatos na folha de respostas. No ato da posse, a Fundação fornece para a Caixa o cartão com a foto e assinatura do candidato aprovado. A Caixa, por sua vez, coleta nova digital e a compara com a que foi deixada na folha de respostas. Segundo a Fundação, isso evita que outra pessoa faça a prova no lugar do verdadeiro candidato. Oficial O superintendente disse que a Fundação não foi oficialmente informada sobre a fraude, cuja denúncia acompanhou apenas pela imprensa. Essa posição foi criticada pelo superintendente da PF em Alagoas, Rogério Cota. Segundo ele, o interesse na investigação caberia à responsável pelas provas. ?A Polícia Federal fez a sua parte?, concluiu. A reportagem da GAZETA tentou ouvir um representante da Caixa, mas ninguém foi localizado. Segundo a Polícia Federal, os quatro acusados, Israel da Guia de Lima, 42, professor de Matemática; João Luiz Silva Reis, 40, e João Gustavo de Lima Teixeira, 23, candidatos, além de Ronald Fontino Santos Lemos, 37, dono do equipamento eletrônico utilizado para transmissão dos dados, continuavam presos à disposição da Justiça, que até ontem não havia arbitrado fiança para liberação. Ainda de acordo com a PF, o advogado de um dos acusados esteve ontem na superintendência e obteve a liberação do segundo carro usado na fraude, um Ford Fiesta, onde João Gustavo respondia às questões. O outro carro, um GM Kadett, de onde Ronald repassava as respostas para os candidatos, continua sob custódia da Polícia.