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Suspeito n�o esclarece fraude e acusa secret�rio

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FÁBIA ASSUMPÇÃO DORGIVAL JUNIOR MÁRIO LIMA O ex-chefe da Seção de Contabilidade da Secretaria Executiva de Saúde (Sesau), Eduardo Martins Menezes ? apontado pela própria Sesau como principal suspeito da fraude e dos desvios bancários que já alcançam a cifra de R$ 3,5 milhões ? fez ontem uma série de acusações contra o secretário da Saúde Álvaro Machado, mas pouco esclareceu sobre as denúncias em que estaria envolvido. Menezes fez as acusações durante entrevista, em estúdio, ao programa Ministério do Povo da RÁDIO GAZETA, acompanhado de seu advogado José Fragoso. O secretário Álvaro Machado afirmou que não iria rebater as acusações de Menezes, e em nota lacônica à imprensa, com nove linhas, distribuída pela Assessoria de Imprensa da Sesau, o secretário afirmou que ?as denúncias são estertores de quem está acuado numa clara tentativa de mudar o foco das atenções?. O ex-chefe da Contabilidade da Sesau desfiou uma série de 15 denúncias contra o secretário, segundo ele, baseadas em informações do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafem), do próprio governo. Entre elas está a de que na gestão do secretário a Sesau estaria gastando em média cerca de R$ 900 mil em pagamento de diárias para cobrir custos com viagens do próprio Álvaro e de funcionários da secretaria. Ele acusou também o secretário de autorizar o estabelecimento de uma cota de R$ 800 mil por ano para combustível e manutenção da frota de veículos da secretaria, que, segundo o ex-chefe da Seção de Contabilidade, estariam todos sucateados. ?A secretaria não tem hoje mais do que 10 carros em condição de uso, até para fazer uma viagem a Delmiro Gouveia é preciso locar um veículo?, disse. Sem licitação Segundo Menezes, com uma auditoria pública seria fácil detectar como a Sesau estaria burlando a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), fracionando os valores das notas, ?nunca passando de oito mil reais?, e no caso da manutenção das frotas só tratando com dois fornecedores e não sendo necessário - pelo valor (R$ 8 mil) - processo licitatório. ??No fim do ano muito dinheiro era jogado fora por causa do mal gasto. Ele (Álvaro Machado) é um excelente técnico de saúde, mas como administrador é uma negação?, disse Menezes. Só com cafezinho e açúcar, os gastos mensais na Sesau, de acordo com Menezes, eram de R$ 60 mil. Ele denunciou ainda que Álvaro Machado teria autorizado a realização de uma cirurgia de redução de estômago de uma sobrinha do governador Ronaldo Lessa, Noélia Lessa Santos Neta, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), no Rio de Janeiro. De acordo com Menezes, o dinheiro que foi utilizado para fazer a cirurgia deveria ser destinado a compras de medicamentos. Acusou também o secretário de ter recebido indevidamente por três meses uma gratificação de R$ 3 mil, que até hoje não foi devolvida aos cofres do Estado. ?Ele criou ainda um artifício, já que não teria direito de receber essa gratificação paga aos funcionários da secretaria, recebendo-a por meio de outras três ou quatro pessoas?.

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