Cidades
Movimento nega onda de saques

Cerca de mil trabalhadores rurais do Movimento Sem Terra (MST) que saíram na última terça-feira, 9, de Arapiraca e de diversos municípios de Alagoas, e que estavam no Ginásio de Esportes da Universidade Federal da Alagoas (Ufal) desde a última segunda-feira, 15, realizaram, ontem, uma marcha em direção ao centro de Maceió. Eles acamparam na Praça Afrânio Jorge (Praça da Faculdade) e prometem ficar lá até que o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) atenda suas reivindicações. Os sem-terra garantem que vieram em paz e que não vão promover saques. ?Viemos em paz. O que queremos é a liberação das terras, prometidas pelo Incra, através do governo federal, para que possamos viver tranqüilos?, disse José de Oliveira, mais conhecido como Fusquinha, uma das lideranças do MST, em Alagoas. Segundo ele, o movimento ainda não traçou uma programação específica para os dias em que ficarão na capital alagoana, mas garantiu que permanecerão acampados na Praça da Faculdade por tempo indeterminado. ?Não temos previsão de quando vamos deixar a cidade?, afirmou. Apesar de a marcha ter ocorrido de forma tranqüila, provocou um enorme congestionamento de veículos que trafegavam pelas avenidas Durval de Góes Monteiro, no Tabuleiro, e Fernandes Lima, no Farol, onde no fim da manhã eles deram uma parada no Ibama. Eles foram acompanhados por policiais militares do Batalhão de Trânsito (BPTran) e uma viatura do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral). Os trabalhadores ressaltaram o apoio das prefeituras de alguns municípios alagoanos, como São Miguel, Junqueiro, Teotonio Vilela, Chã do Pilar, entre outros, que cederam local para descansarem.