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ESTELIONATO VIRTUAL CRESCE MAIS DE 1.400% EM QUATRO ANOS

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, os casos de estelionato virtual saíram de 205 em 2018 para 3.248 no ano passado

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Sidney Tenório diz que muitos desses crimes são praticados de dentro das penitenciárias
Sidney Tenório diz que muitos desses crimes são praticados de dentro das penitenciárias -

O número de casos de estelionato nos últimos quatro anos cresceu consideravelmente em Alagoas, como aponta o Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Este tipo de crime no meio virtual chama atenção com a crescente. Entre os anos de 2018 e 2021, os registros tiveram um aumento considerável de mais de 1.400%. Segundo o anuário, os casos de estelionato virtual saíram de 205 em 2018 para 3.248 em 2021, uma variação de 1.464,4%. Quando se trata da modalidade de estelionato presencial, o estado registrou, em 2018, 4.977 casos; este número subiu para 15.460 em 2021, uma variação de 206,7%. Estelionato é um crime contra o patrimônio, no qual uma pessoa obtém para si ou alguém uma vantagem ilícita, além de causar prejuízos à vítima e está previsto no artigo 171 do Código Penal Brasileiro. O delegado da Divisão Especial de Investigação e Capturas (DEIC), Sidney Tenório, afirma que atualmente a grande maioria dos golpes é praticada de forma virtual pela facilidade que o criminoso tem de espalhar através do celular alcançando um grande número de vítimas, causando prejuízos financeiros. Um dos tipos de estelionato comuns em Alagoas são através de aplicativos. “Há o golpe na internet, por exemplo, onde os criminosos replicam um anúncio, oferecendo preço mais baixo. Então quando a vítima começa a negociação faz isso diretamente com o fraudador, depositando o dinheiro para o estelionatário sem adquirir nenhum bem. Isso acontece muito nos casos de compra e venda. Os golpes por aplicativo como WhatsApp e Instagram estão entre os mais praticados virtualmente no estado”, explicou o delegado. Sidney Tenório afirma que muitos desses crimes são praticados, inclusive, de dentro das penitenciárias. “Os detentos têm acesso a smartphones e de dentro dos presídios passam o dia tentando esse tipo de contato com as vítimas e muitas vezes obtém êxito com a transferência dos valores através de PIX. E uma vez que o dinheiro sai da conta, a polícia consegue muitas vezes chegar até quem praticou o golpe mas dificilmente recuperar o dinheiro”. A prática deste crime sem utilização do meio eletrônico é cada vez menos frequente, até porque, segundo o delegado, as transações financeiras acontecem de forma virtual. “É raro ver alguém sacar dinheiro em caixas rápidos até por toda a facilidade proporcionada pela tecnologia”. O perfil da vítima do estelionato, geralmente, é alguém que quer ter algum tipo de vantagem. “É uma vítima que tem séria contribuição para o crime. Tirando os casos que são raros, envolvendo idosos que por desconhecimento caem nos golpes, a vítima está em busca de vantagem financeira, querendo adquirir algum produto muito mais barato do que é comercializado no mercado”.

O alerta da polícia é ter cautela. “Nós orientamos que se certifiquem que estão negociando com com a pessoa certa, antes de realizar qualquer tipo de transferência. Porque muitas vezes, na ânsia de adquirir o produto, a vítima vê uma vantagem tão grande em diferenças de valores e não percebe que é algo absurdo. É preciso ter consciência do limite do tolerável. Se o produto estiver muito abaixo do preço, desconfie. E que, se cair em algum golpe, faça imediatamente um boletim de ocorrência, já que os dados pessoais estão nas mãos do estelionatário e podem ser usados em outras fraudes. O registro da delegacia ajuda a polícia na investigação para chegar a quem cometeu o crime”, finalizou o delegado.

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