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RESTAURANTES DA MASSAGUEIRA REGISTRAM PREJUÍZO APÓS CHUVAS
Desde que as chuvas chegaram a Alagoas, no mês de maio, os moradores de Marechal Deodoro relatam sofrimento e perdas


As cores e os cheiros da Massagueira, em Marechal Deodoro, deram lugar ao lamento e a preocupação quando a Lagoa Manguaba transbordou e invadiu as ruas que já careciam de reparos do poder público. Desde que as chuvas chegaram a Alagoas, os moradores de Marechal Deodoro relatam sofrimento e perdas. Os restaurantes e bares frequentados por nativos e turistas no povoado não têm clientes, mas prejuízo. Alguns ainda nem calculados. De acordo com informações da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, as fortes chuvas já afetaram 3,8 mil pessoas em Marechal Deodoro. Dessas, 3,2 mil estão desalojadas e mais de 600 desabrigadas. Pelas ruas, parte delas ainda intransitáveis de Massagueira, a reportagem da Gazeta de Alagoas entrou no restaurante do senhor Marcos Antonio de Oliveira, 64 anos. Ele é proprietário do estabelecimento que abriu as portas em 1981. De lá para cá viu as chuvas invadirem o local outras vezes e causar susto, como às 3 da manhã do último domingo (3). “A água subiu muito rápido. Moro aqui perto, aí a gente correu e subiu logo os freezers para não perder. Não é a primeira vez que passamos por essa situação. Vi uma cheia grande em 89 e outra em 2017. Corremos para colocar as geladeiras em cima das cadeiras e tentamos salvar o que pudemos”, lembra Marcos Antonio. Por medo da Covid, o dono do Restaurante Massagueira decidiu fechar o estabelecimento por dois anos – reaberto em outubro do ano passado. Marcos foi infectado pelo coronavírus e quando melhorou resolveu reabrir e retomar o sonho, que emprega atualmente nove pessoas. “Acho que a gente precisaria de mais apoio aqui, de mais divulgação dos bares e restaurantes para ter mais movimento. De ajuda”, destacou. Na tarde de ontem, Stênio Sampaio ainda tentava tirar parte da água que invadiu o Pier Massagueira. Estava na Barra Nova, em casa, quando viu pelas câmeras segurança do estabelecimento que a lagoa subiu rápido e correu. “Quando cheguei a água já tinha subido muito. Tivemos pequenos prejuízos, mas o pior é o fim de semana, que ficou fechado”, explica o sócio-gerente.