loading-icon
MIX 98.3
NO AR | MACEIÓ

Mix FM

98.3
sexta-feira, 27/06/2025 | Ano | Nº 5998
Maceió, AL
23° Tempo
Home > Cidades

Pandemia

ESTADO VAI AMPLIAR O NÚMERO DE LEITOS EXCLUSIVOS PARA COVID-19

Aumento de casos faz Alagoas ampliar em mais 85 leitos clínicos e UTIs para pacientes com a doença

Ouvir
Compartilhar
Compartilhar no Facebook Compartilhar no Twitter Compartilhar no Whatsapp
Número de leitos exclusivos para Covid-19 são ampliados em Alagoas, informa secretaria
Número de leitos exclusivos para Covid-19 são ampliados em Alagoas, informa secretaria -

O aumento de casos de Covid-19 em Alagoas nas últimas semanas trouxe preocupação ao estado, que vai ampliar o número de leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na capital e no interior. A decisão ocorreu após a reunião do Grupo Técnico da Sala de Situação da Covid-19 da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que aconteceu ontem. Ao todo são mais 85 leitos. No Hospital da Mulher, localizado no bairro do Poço, em Maceió, serão 30 leitos clínicos e 20 UTIs, além de 6 enfermarias clínicas para pediatria e 4 UTIs pediátricas (atualmente já estão disponíveis 6 leitos, o que vai totalizar 10 UTIs pediátricas). Já no interior, o Hospital Carvalho Beltrão, em Coruripe, terá a abertura de mais 15 UTIs e, em Palmeira dos Índios, o Hospital Santa Rita, receberá mais 10 unidades de terapia intensiva exclusiva para tratamento de pacientes da Covid-19. O Hospital Veredas, na capital alagoana, que já contava com 28 leitos clínicos, ontem teve ampliados em mais 27, somando um total de 55 leitos nesta unidade hospitalar. Segundo os últimos dados atualizados da Sesau, o estado dispõe atualmente de 321 leitos exclusivos para Covid-19, entre UTIs Adulto, Pediátrica, Unidades Intermediárias e Leitos Clínicos. Deste número, 160 estão sendo utilizados, o que demonstra uma taxa de ocupação de 50%. Os leitos de UTIs totalizam 70 (capital e interior) com ocupação de 45, atingindo um percentual de 64%. Leitos clínicos contabilizam 237, com ocupação atual de 115, uma taxa de 49%. Por município, Maceió tem ocupação de 65% de UTIs e 54% dos leitos clínicos. Já em Arapiraca, a taxa de ocupação das unidades de terapia intensiva chegou a 75% e 60% dos leitos clínicos. Em Delmiro Gouveia, os dois leitos de UTIs disponíveis estão ocupados com pacientes em tratamento da Covid-19. De acordo com o médico infectologista Renèe Oliveira, Chefe do Gabinete de Combate à Covid-19 e demais doenças infectocontagiosas da Sesau, a decisão em ampliar os leitos é embasada nos últimos dados analisados nos encontros do grupo que tem o objetivo de discutir o aumento no número de casos, internações e mortes pela doença em Alagoas. Este foi o terceiro encontro consecutivo semanal que analisou os dados da semana epidemiológica 26/2022, além dos testes realizados pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL). "Há uma preocupação quanto ao aumento do número de casos, assim como de mortes, mas a análise dos dados mostram que estas ocorrem preferencialmente nos mais idosos e há grande relação com aqueles que não estão com a vacinação completa. Existe muita subnotificação porque estamos num período onde as pessoas estão com síndromes gripais e não realizam o teste da Covid-19. É um aumento expressivo se levarmos em consideração os dados do mês de maio. A média diária subiu", colocou o infectologista.

MÁSCARA

A obrigatoriedade do uso de máscaras também esteve entre os assuntos discutidos na reunião. Segundo Renèe Oliveira, não é algo que esteja descartado. "Por enquanto, a orientação que damos é que a população faça o uso da máscara nos ambientes fechados, que as escolas adotem também, assim como os idosos que são sempre os mais vulneráveis à doença", colocou. A cobertura vacinal da população em Alagoas também é considerada baixa. Segundo os dados da Sesau, imunizados com a 1ª dose totalizando 77,06%. São 68,11% de vacinados com a 2ª dose e apenas 32,37% com a dose de reforço. "É mais um ponto de preocupação nosso ver a cobertura vacinal baixa. Há muitos idosos que tomaram apenas duas doses da vacina e é preciso sim a consciência de que a vacinação, mesmo não impedindo que contraia a doença, ela consegue que os sintomas sejam mais leves, evitando a óbitos", acrescentou.

Relacionadas