Comércio
CAMELÔS DO CENTRO SUBSTITUEM MÁSCARA POR OUTROS PRODUTOS
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Figuras certas nas principais ruas do Centro de Maceió, há um tempo os ambulantes têm visto a procura pelas máscaras cair cada vez mais. Hoje em dia é difícil ver quem ainda comercializa o produto no calçadão do comércio. O fim da obrigatoriedade do uso da máscara em locais públicos e fechados é o motivo da baixa procura. Nem mesmo a elevação no número de casos de Covid-19 no estado fez aumentar a busca da população. Quem ainda tem o produto disponível, está reduzindo o preço na tentativa de eliminar o estoque. Uma das poucas comerciantes que ainda oferece o produto, Maria das Neves, disse que a procura é muito baixa e que há dias em que ela não vende nenhuma máscara.
“Antes eu só vendia máscara, isso aqui era tudo cheio, mas agora a procura baixou. Tem dias que não vendo nada, o dia que sai alguma coisa são duas, no máximo”, afirma.
Ela conta que nem mesmo os fornecedores estão mais fabricando o produto. “Estou esperando chegar umas encomendas que fiz, daquelas mais baratinhas, que vendo a R$ 2, mas mesmo assim está difícil porque já não encontro mais que confeccione as máscaras”. Assim como a barraca da Maria, aos poucos, as ruas estão sendo tomadas por diversos produtos. São meias, panos de chão, itens para celular, roupa e, nesse período chuvoso na capital, não poderia faltar os guarda-chuvas e capas. “Eu sou ambulante, tenho uma filha de oito anos para sustentar e tive que procurar outra coisa para vender aqui. As meias foram uma opção, mas também vendo roupa”, disse Maria. Gilson Duarte aproveitou a chegada do inverno para incrementar o negócio. “Nesse tempo eu sempre trago guarda-chuva para vender, sai como água. Este ano, por causa das fortes chuvas, as vendas estão melhores. É ruim porque a chuva fez muita tragédia com as pessoas que tiveram as casas afetadas, mas para meu comércio foi bom”. Outra comerciante que migrou da venda de máscara para a comercialização de meias foi Adriana Gomes. A quantidade de itens espalhados pelo calçadão chama a atenção. “Eu vendia máscara, mas como parou de procurar, eu comecei a vender as meias. Quase todo mundo aqui está vendendo. É um produto barato de comprar e de vender também”, afirma.