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Nº 5588
Cidades O volume de pacientes atualmente não é muito inferior se comparado a 2020 e 2021

4ª ONDA DE COVID AFETA MAIS IDOSOS E PESSOAS COM COMORBIDADES EM AL

Silenciosa, nova onda da doença faz aumentar o número de casos, mortes e internações hospitalares

Por Regina Carvalho | Edição do dia 16/07/2022 - Matéria atualizada em 16/07/2022 às 04h00

Aumento do número de casos, volta das mortes e crescimento do percentual de ocupação hospitalar. Essas situações foram vistas ao longo de 2020, seguiram em 2021 e voltaram com força no segundo semestre deste ano por causa de uma quarta onda da Covid, quando muita gente pensava que a pandemia era coisa do passado. Ao que parece a nova onda é mais silenciosa, mas não menos perigosa. Em entrevista à Gazeta, a infectologista do Hospital Memorial Arthur Ramos Normangela Barreto, que atua no atendimento de pacientes com Covid-19 desde o início da pandemia, concorda que Alagoas como o resto do país vive uma quarta onda da doença. A reportagem pergunta como está a demanda por internações após o aumento do número de casos e o tempo de permanência do paciente no hospital. “Neste momento, temos feito internações de pacientes por conta do Covid-19, na maioria das vezes, são casos de pacientes com comorbidades, porém com tempo de permanência menor. Lógico que depende muito do grau de comorbidades e viremia do paciente”, detalha a infectologista. Na avaliação de Normangela Barreto, por conta da vacinação, os pacientes com Covid-19 estão apresentando um quadro mais ameno e que realmente são os pacientes com comorbidades e idosos os que mais preocupam dentro dos hospitais. “Podemos dizer que, atualmente, conhecemos um pouco mais da doença. Desta forma, já orientamos os pacientes com mais critérios, exames e terapêutica. Lógico que ainda temos muito a aprender e estudar desta viremia”, finaliza a médica. Para a infectologista Sarah Dominique, já vivemos a 4ª onda da Covid-19 e isso se deve ao aumento no número de casos, bem como de internações. Este cenário é esperado em todo o estado de Alagoas e condiz com o Brasil, além de algumas regiões do mundo, segundo as palavras da médica. “A nossa realidade consiste no aumento na casuística de casos que buscam teleatendimento e pronto atendimento, mas não atingimos um número elevado de internações em UTIs, como ocorreu nos anos de 2020 e 2021, graças à vacina. O paciente que chega ao hospital tem Sintomatologia mais branda, muitos casos sem sintomas respiratórios, embora haja casos ainda graves, mas em menor quantidade”, informa a médica. A reportagem perguntou a infectologista se, em virtude do avanço da vacinação, os pacientes estão “dando menos trabalho” durante período de internação no hospital por apresentarem nível de menor gravidade. “São os idosos e os com comorbidades os de maior agravamento e com necessidade de cuidados intensivos e suporte invasivo, como uso de drogas vasoativas, intubação, diálise, dentre outros cuidados. A maior parte da população adoecida mantém sintomas mais brandos”, destaca. Segundo Sarah Dominique, o volume de pacientes atualmente não é muito inferior se comparado a 2020 e 2021 e ainda há muita procura por pronto atendimento. Entretanto, a ansiedade dos pacientes reduziu, em parte, frente ao diagnóstico de Covid-19, que anteriormente causava pânico e insegurança. “Outra diferença significativa é o acometimento de casos com insuficiência ventilatória. Hoje, a casuística é menor”, finaliza a médica infectologista e coordenadora da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Unimed Maceió. Até sexta-feira (15), Alagoas já tinha registrado cerca de 314 mil casos de Covid e ultrapassado mais de 7 mil mortos. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a taxa de incidência (por 100 mil hab.) da doença nos últimos 28 dias, é maior nos municípios de Mar Vermelho, Pindoba e Jacaré dos Homens, respectivamente 2,1 mil; 1,6 mil e 1,6 mil. Essas cidades têm maior taxa que Alagoas que chegou a 368,8 por cem mil.

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