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Nº 5888
Cidades A recusa familiar é um dos principais motivos para que um órgão não seja doado no Brasil

AO MENOS 467 PESSOAS AGUARDAM TRANSPLANTE

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Por Greyce Bernardino | Edição do dia 16/07/2022 - Matéria atualizada em 16/07/2022 às 04h00

Alagoas tem ao menos 467 pessoas aguardando por doações de órgãos, segundo dados da Central de Transplante do Estado. A lista aponta que, até 13 de julho deste ano, 3 pessoas aguardavam por um coração; 80 por rins; 9 por fígados e 375 por córneas. A recusa familiar é um dos principais motivos para que um órgão não seja doado no Brasil. Em Alagoas, a situação não poderia ser diferente. A negativa de famílias para doação de órgãos e tecidos depois da comprovação da morte encefálica ainda é alta, segundo a Central de Transplante do Estado. A pandemia da Covid-19 também influenciou no processo de doação e transplantes. Conforme a coordenadora da Central de Transplantes do Estado, Daniela Ramos, “teste positivo é contra indicação absoluta para a doação’”, por isso, o procedimento diminuiu bastante nos últimos dois anos. “A contra indicação acontece porque os órgãos de vítimas da Covid não podem ser doados após a morte devido ao alto risco de transmissão da doença para o receptor do órgão doado”, alerta o Ministério da Saúde. Para se ter uma ideia, em 2021, com a pandemia ainda em alta, foram realizados apenas 66 transplantes durante todo o ano. Foram realizados 63 transplantes de córneas e 3 de fígados. Já em 2021, até 13 de julho, 57 transplantes já foram realizados, o que sinaliza que haverá uma alta no número de procedimentos realizados neste ano. Segundo a Central de Transplantes do Estado, neste ano, foram realizados 46 transplantes de córneas, 6 de rins e 5 de fígados. Ainda não foi realizado nenhum transplante de coração este ano.

DESEJO DE SER DOADOR

Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), 67% dos brasileiros têm o desejo de doar órgãos, mas apenas metade já avisou a família. “Daí, a importância do potencial doador, ainda em vida, manifestar esse interesse entre os mais próximos de sua convivência”, disse Daniela Ramos.

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