Dono de casa de shows nega ter outra fita contra pitboys

O proprietário da Uau, em Jaraguá, Tarso Sarmento, afirmou, ontem, que não há outra fita de vídeo mostrando o ambiente na casa de shows no dia 11 de julho, quando o estudante Klébson de Almeida Silva foi espancado por um grupo de lutadores de jiu-jítsu, conhecidos como pitboys. Segundo ele, as únicas imagens daquele episódio, que acabou levando três lutadores à prisão, são as que já estão com a Justiça. O juiz da 3ª Vara Especial Criminal, José Braga Neto, a quem caberá julgar os lutadores Paulo Henrique Gouveia, Leandro Albuquerque Ferro, o Leleco, e Charles Alexandre França, o Charlão, requisitou as imagens completas feitas na noite do espancamento. Embora ainda não tenha recebido a intimação judicial, Tarso Sarmento diz que não poderá atender à requisição do juiz. ?Sempre gravamos o show que a casa está realizando. Excepcionalmente quando há registro de briga o foco da gravação é dirigido para o ponto onde está ocorrendo?, explica ele. Assim, segundo o empresário, na noite em que Klébson Almeida foi espancado pelos lutadores, a filmagem começa justamente quando se inicia a ação de Charlão, Leleco e Gouveia. Além deles, aparece o lutador identificado como Thiago Lyra. Mas este não chegou a ser indiciado pelo Ministério Público Estadual (MPE). Segundo o promotor Marcos Aurélio Gomes Mousinho, não há indícios de sua culpabilidade. ?Quando a confusão começou, quem estava filmando o show dirigiu a câmara para a cena da briga. É o que temos?, acrescenta Tarso Sarmento. Segundo ele, na fita que entregou à mãe de Klébson, a enfermeira Kátia Almeida, as imagens foram copiadas em baixa velocidade para que os agressores pudessem ser identificados. Não há, portanto, outras imagens, além daquelas que estão no processo em que os lutadores são acusados de formação de quadrilha e tentativa de homicídio. (BL)