Cidades
Caso veio � tona com a execu��o de Sinvaldo Feitosa e Walter Dias em 2003

MÁRIO LIMA GILVAN FERREIRA A chamada Guerra das Polícias teve como ponto de partida a morte de dois policiais: Walter Santana e Sinvaldo José de Souza. Sinvaldo foi emboscado por quatro homens, na noite do dia 8 de julho de 2003, próximo a sua residência, no Vergel. Ainda em 2003, ficou evidenciada a rivalidade interna entre policiais civis e ramificações entre eles e autoridades constituídas em Alagoas, com o assassinato de Walter Santana, que trabalhava na Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos. Santana foi morto no dia 2 de junho de 2003, depois de uma emboscada. Um dossiê tornado público o ano passado denunciava a guerra nas polícias e sua aliança com autoridades. Os nomes citados eram os de Sinvaldo e Walter Santana. Na versão policial, Santana teve um desentendimento com os policiais Robson Rui, Alfredo Pontes e Sinvaldo Feitosa. O motivo teria sido o fato de Walter estar investigando o envolvimento de amigos dos três policiais em assaltos à mão armada. O assunto foi encarado como uma afronta pelos colegas, que teriam decidido matá-lo. Robson Rui Gomes de Araújo e Alfredo Pontes estão presos, no presídio Baldomero Cavalcante, acusados de integrar a ?guerra da Polícia Civil? e outros crimes de aluguel. O grupo preso também teria a participação de políticos da Assembléia Legislativa, segundo suspeitas da polícia. Nos depoimentos, Robson Rui e José Alfredo negam as acusações de que existia uma guerra nas polícias e também o assassinato dos dois policiais. As acusações são apuradas há anos pelo Ministério Público Estadual (MPE). Em um documento em poder do MP Estadual, aponta-se a ação da suposta banda podre da polícia em diversos pontos da capital e no interior do Estado. Cemitérios clandestinos, crimes de execução e o apoio de autoridades estaduais, inclusive citando nomes, garantiam o funcionamento das engrenagens de como os dois grupos planejavam e executavam os crimes. O documento levou o MP a pedir uma investigação sobre os casos apontados e ofereceu pistas e nomes dos acusados de liderar a pistolagem dentro da própria polícia, crimes encomendados por políticos e empresários de Ala-goas.