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Nº 5759
Cidades

Trabalhadores desistem de audi�ncia e voltam �s suas �reas

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Por | Edição do dia 19/04/2002 - Matéria atualizada em 19/04/2002 às 00h00

Depois de interditar, pela segunda vez, a principal via de acesso ao centro da cidade, e acampar na Praça dos Martírios, os integrantes da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Movimento dos Trabalhadores (MT) desistiram de esperar uma audiência com o governador Ronaldo Lessa e resolveram retornar, ontem à noite, para os seus acampamentos. A ocupação da praça mobilizou o comando da Polícia Militar, Polícia Civil, a Ouvidoria Geral do Estado, a igreja e o Instituto de Terras (Iteral), na manhã de ontem. Os trabalhadores sem-terra só queriam desocupar a praça após uma audiência com o governador Ronaldo Lessa, mas como ele estava em Brasília, e só poderia recebê-los na próxima quarta-feira, desistiram da mobilização. A igreja chegou a propor que eles ficassem na Igreja dos Martírios até a audiência, onde se reuniram a portas fechadas, em assembléia e deliberaram pela volta aos seus municípios de origem. O Iteral já havia garantido alimentação, inclusive leite, além de banheiros públicos e uma caixa d’água e fechar parte da rua em frente à igreja para oferecer maior segurança aos acampados. No encontro com o governador Ronaldo Lessa, os trabalhadores iriam cobrar a apuração e punição dos responsáveis por três assassinatos praticados contra agricultores. Em relação à questão da terra, o objetivo é finalizar as discussões sobre o Programa Banco da Terra. Segundo o coordenador da CPT, Carlos Lima, é uma contradição o governo apoiar o Banco da Terra. “Ele não pode ser a favor da reforma agrária a apoiar um programa que abre mão do mecanismo de desapropriação para dispor da terra como mercadoria”, disse Carlos Lima.

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