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Nº 5883
Cidades Agentes de saúde inspecionam possíveis criadouros do mosquito Aedes Aegypti em Maceió

QUASE 80% DOS BAIRROS DE MACEIÓ TÊM RISCO DE DOENÇAS ARBOVIROSES

Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Saúde, 24 bairros têm risco médio e 15, alto risco

Por Carlos Nealdo* | Edição do dia 19/07/2022 - Matéria atualizada em 19/07/2022 às 04h00

Levantamento divulgado nesta segunda-feira (18), pela Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), revela que 39 dos 50 bairros de Maceió estão com risco de epidemia das arboviroses — dengue, zika e chikungunya. O volume corresponde a 78% do total de bairros da capital. De acordo com Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (Liraa), dos 39 bairros da capital, 24 deles apresentam risco médio para as doenças transmitidas pelo mosquito, enquanto outros quinze são considerados de alto risco. Os demais mantém a situação sob controle, segundo a secretaria de Saúde. Realizado em 16.537 imóveis no período de 04 a 08 de julho, o levantamento apontou um índice de infestação predial de 3,5%, sendo que os bairros que apresentaram os índices mais elevados foram a Ponta Verde, com 18,9%, Jardim Petrópolis (18,5%), Poço (9,2%), Garça Torta (7,5%), Santo Amaro (7,08%), Jatiúca (6,95%), Chã da Jaqueira (6,66%) e Pitanguinha (6,17%). O levantamento – que orienta as ações de controle do Aedes e identifica as áreas com o maior número de focos de reprodução do mosquito – também apontou os tipos de criadouros mais predominantes, onde se destacam os depósitos em nível de solo ou que podem ser removidos, como tonéis (33,3%), tanques (32,7%) e baldes (14,7%). Segundo a gerente de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos da SMS, Carmem Samico, embora o material descartado como lixo – recipientes plásticos, garrafas, latas, etc. – ainda representem 28,8% dos criadouros encontrados com larvas, os recipientes ornamentais – vasos de plantas e plantas com água, por exemplo –, também registraram um índice considerável, de 25,5%. “Temos buscado trabalhar em parceria com população, reforçando as orientações e estimulando que cada um faça, a cada 15 dias, a própria inspeção em seu domicílio, mantendo os cuidados necessários com o acondicionamento do lixo e a cobertura de reservatórios de água, entre outras medidas”, reforça.

Com o registro de casos até o dia 09 de julho deste ano somando 4.893 notificações para dengue, o município de Maceió apontou um aumento de 472,95% em relação ao número de casos notificados no mesmo período de 2021, que foi de 854 casos.

Em relação à chikungunya, no período citado, foi registrado um crescimento de 3.119,14%, com 1.513 casos notificados em 2022, contra 47 casos suspeitos em 2021. E no que diz respeito à zika, o registro foi de redução de 6,06% de casos neste mesmo período, o que diminuiu a notificação de casos de 33 em 2021 para 31 em 2022.

“É preciso estar atento a qualquer situação de acúmulo de água que possa servir de criadouro para o Aedes aegypti, possibilitando o aumento da transmissão das arboviroses. Vamos seguir com um trabalho minucioso, mas precisamos contar com a colaboração de todos para reduzir e superar o risco de uma pandemia”, ressalta Carmem.

* Com informações da assessoria

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