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Nº 5886
Cidades De janeiro a junho de 2021, foram realizados em Alagoas 1.594 cadastros de doadores

ALAGOAS É 3º DO NE COM MENOR NÚMERO DE DOADORES DE MEDULA

Segundo dados divulgados pelo Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), o Estado tem 59,8 mil pessoas cadastradas

Por Regina Carvalho | Edição do dia 20/07/2022 - Matéria atualizada em 20/07/2022 às 04h00

Em Alagoas, de janeiro a junho deste ano, 852 pessoas realizaram cadastro para doação de medula óssea que pode salvar a vida de quem trava luta contra doenças como leucemia e anemia falciforme. O número ainda é considerado baixo e quanto mais gente procurar o hemocentro, mais chances de se encontrar doadores compatíveis. Segundo o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), Alagoas tem 59,8 mil pessoas cadastradas. É o terceiro estado do Nordeste com menor número de doadores, à frente apenas de Sergipe com 56,1 mil e Maranhão com 31,2 mil. De janeiro a junho do ano passado foram realizados em Alagoas 1.594 cadastros de doadores voluntários de medula óssea (DVMO). “Quanto mais gente doar, mais chance de encontrar alguém compatível. Diminuiu muito o número de doações quando reduziu a faixa de idade, após a portaria que determina para até 35 anos. Uma coisa importantíssima é que é as pessoas cadastradas tenham sempre endereço atualizado”, explica Renata Ferreira, assistente social do Hemocentro de Alagoas (Hemoal). De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em função das características genéticas do sistema HLA (sistema de antígenos leucocitários humanos), a chance de encontrar um doador compatível é de 30% entre irmãos e muito menor quando buscamos doadores não-aparentados. Compatibilidade que pode ser de 1 para 100 mil e até mais. Por este motivo, existem os Registros de Doadores Voluntários (Redome) em diferentes países, totalizando mais de 38 milhões de doadores no mundo. Com anemia falciforme, Julia Luisa Caetano descobriu a doença com apenas seis meses de vida e desde então luta para ter uma rotina que não seja nos leitos dos hospitais. Entrou na Justiça para conseguir fazer o transplante de medula óssea pelo plano de saúde e conseguiu. Isso após esperar oito anos na fila do Sistema Único de Saúde (SUS). A irmã será a doadora. “Agora iniciei a sangria que deve durar até três meses e farei o transplante no Graac (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer), em São Paulo. Ma sfaltam recursos para pagar a medicação de alto custo pós-cirurgia e a moradia em São Paulo pelo tempo que durar o tratamento”, declara Julia, que hoje tem 19 anos, e pretende cursar Psicologia. Quem puder colaborar com a campanha pode entrar em contato pelo instagram dela @julialuisac.

REGRAS

Segundo o Inca, para se tornar um doador de medula óssea é necessário: ter entre 18 e 35 anos de idade; estar em bom estado de saúde; não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue (como infecção pelo HIV ou hepatite); não apresentar história de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune (como lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide).

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