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Nº 5808
Cidades O Ministério Público de Alagoas também acompanha caso de agressão ocorrida em posto

POLÍCIA PEDE PRISÃO DE MILITAR FLAGRADO EM AGRESSÃO A MULHER

Defesa diz que policial militar, que já responde a um inquérito por agressão, vai se apresentar à polícia

Por TATIANNE BRANDÃO e RAYSSA CAVALCANTE | Edição do dia 03/08/2022 - Matéria atualizada em 03/08/2022 às 04h00

A delegada Ana Luiza Nogueira pediu a prisão preventiva do policial militar flagrado agredindo fisicamente uma mulher, em um posto de combustíveis, no domingo (31). O homem, que já responde a um inquérito por agressão contra mulher, deverá responder por lesão corporal com violência de gênero, ameaça e injúria.

Nesta terça-feira (2), a defesa do suspeito informou que ele deve se apresentar à polícia. À Gazetaweb, o advogado Raimundo Palmeira explicou que aguarda que a prisão fosse decretada para que o homem se apresente ao Comando Geral da Polícia Militar.

O homem é policial militar, mas, segundo Raimundo Palmeira, está afastado das funções desde setembro de 2021, após receber diagnóstico de depressão. Segundo o advogado, no momento da agressão - gravado por populares -, o PM teria sido provocado, sendo agredido verbalmente com termos vulgares. Até o momento do tapa, ele estaria “mantendo o controle”, mas “perdeu a consciência”. A delegada Ana Luiza Nogueira disse que a vítima contou, em depoimento, que foi agredida verbalmente antes de ser atingida pelo golpe no rosto e cair no chão. O homem teria agredido, xingado e ainda menosprezado a vítima enquanto mulher. Um dia após a agressão, a mulher relatou à delegada que continua sentindo dores e não está ouvindo direito. Ela ficou desacordada após ser atingida pelo tapa, como mostram as imagens amplamente divulgadas nas redes sociais e na imprensa. “Ele pode responder por lesão corporal com violência de gênero (art. 129, parágrafo 13, Código Penal), ameaça (art. 147, Código Penal) e injúria (art. 140, Código Penal). Somando as penas, cinco anos de reclusão”, explicou a delegada. Cabe, agora, ao Poder Judiciário se manifestar quanto à determinação da prisão preventiva representada pela Polícia Civil. O Ministério Público Estadual (MPE) também está acompanhando o caso. De acordo com a promotora Karla Padilha, titular da Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial, o órgão aguarda um retorno da Corregedoria da PM a respeito das providências administrativas que estão sendo adotadas para apurar a conduta do agressor. “Estamos aguardando informações precisas a respeito de todos os desdobramentos feitos no âmbito administrativo. Para além, a investigação está sendo feita pela delegada Ana Luíza Nogueira, da Delegacia da Mulher. A partir daí, com o possível indiciamento dele, as promotoras que atuam na violência doméstica irão denunciar esse policial para que ele responda criminalmente por esse ilícito”, afirmou a promotora.

O CASO

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, a vítima é vista discutindo com dois homens próximo a um veículo. O que está mais próximo do carro se aproxima da vítima e desfere um tapa no rosto da mulher, que cai no chão. Mesmo com a vítima no chão, o homem continua gritando com ela, que parece estar desacordada. A Polícia civil de Alagoas instaurou um inquérito para investigar as imagens e identificou a vítima e o agressor. A violência teria ocorrido na manhã de domingo, 31 de julho.

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