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MP diz que rombo no DER envolve ex-diretores

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FELIPE FARIAS Dois ex-diretores do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem (DER-AL) e o Banco do Brasil podem passar à condição de réus na ação por improbidade administrativa que apura desvio de recursos públicos no órgão. A estimativa é que o desfalque pode chegar a R$ 700 mil ? o primeiro valor informado era de R$ 400 mil. O pedido de ação foi feito pelo Ministério Público ao juiz Manoel Cavalcante Lima Neto, da 3ª Vara da Fazenda Estadual, onde a ação está tramitando. ?Essa decisão caberá ao juiz, mas pelos fundamentos que apresentamos, o pedido deve ser aceito?, disse ontem o promotor Cyro Blatter, representante do Ministério Público na 3ª Vara da Fazenda. Tecnicamente, o promotor encaminhou ao juiz da 3ª Vara um pedido para aditamento da denúncia, ou seja, para inclusão de mais três réus. São eles: os engenheiros José Sangreman Lessa e José Celestino Albuquerque e o Banco do Brasil. ?Os dois primeiros foram diretores do DER no período em que ocorreu o desvio. No entender do Ministério Público, eles contribuíram de alguma forma para que o desvio ocorresse, seja por ação ou por omissão. Já em relação ao banco, pedimos que também passe a figurar como réu, por entendermos que, apesar de tratar-se de uma instituição séria, neste caso ela não agiu com as cautelas necessárias na guarda do dinheiro público?, argumentou Cyro Blatter. Na ?boca do caixa? Sangreman é primo do governador Ronaldo Lessa. José Carlos Albuquerque é primo do deputado estadual Antônio Albuquerque (PL). Até agora, figuravam como réus na ação apenas o ex-diretor financeiro do DER à época, José Jorge Malta Amaral, e o ex-tesoureiro, José Cícero Braga. Eles foram apontados pela investigação realizada por uma comissão de sindicância do próprio DER que investigou o caso: os saques de cheques nominais em favor do próprio Departamento, efetuados na ?boca do caixa?. Um dos cheques era de R$ 400 mil, mas, segundo o promotor Blatter, há outros documentos de valores variados que, somados, resultam num total de mais de R$ 700 mil. Este é o montante que o MP estima ter sido desviado do Departamento de Estradas de Rodagem de Alagoas. Outro lado A GAZETA tentou falar com os ex-diretores citados pelo Ministério Público, e com a gerência estadual do Banco do Brasil, mas até o fechamento desta edição, não obteve resposta. Segundo o promotor Blatter, as acusações contra dois dos novos acusados (à exceção do banco) foram feitas pelos dois réus que já constavam do processo. Nas contestações que apresentou, como manda a lei, José Jorge Amaral ? envolvido no caso ? requisitou ao juiz do caso que o ex-diretor José Sangreman constasse do processo. Este, por sua vez, requisitou que também fosse incluído outro dirigente do órgão, José Carlos Celestino. Ameaça A GAZETA apurou que o ex-tesoureiro José Cícero Braga, primeiro apontado como responsável pelo desvio, teria afirmado que se sente ameaçado e deve pedir providências formais às autoridades de segurança. José Cícero Braga foi candidato a vereador por Maceió (não se elegeu), e José Jorge Malta Amaral, a prefeito da cidade pernambucana de Quipapá. Amaral chegou a liderar pesquisas, mas quando as denúncias estouraram, ele perdeu a liderança e também não se elegeu.

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