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Nº 5759
Cidades

Deficientes perdem cinco mil postos de emprego

O mercado de trabalho de Alagoas oferece mais de cinco mil vagas de emprego a portadores de deficiência física, mas a falta de qualificação impede que essas vagas sejam preenchidas. A Associação de Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal) investe em cursos

Por | Edição do dia 20/04/2002 - Matéria atualizada em 20/04/2002 às 00h00

O mercado de trabalho de Alagoas oferece mais de cinco mil vagas de emprego a portadores de deficiência física, mas a falta de qualificação impede que essas vagas sejam preenchidas. A Associação de Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal) investe em cursos de capacitação, mas o número de vagas não é suficiente para todo o Estado e cobra mais apoio do governo. A coordenadora do Programa Nacional de Atendimento aos Portadores de Deficiência Física do Ministério da Saúde, Sheila Miranda, aponta dois fatores como sendo as principais causas para essa realidade: a barreira arquitetônica e dificuldade de aprimoramento profissional. “A própria falta de acesso aos prédios públicos impede que a criança freqüente a escola, tornando-se um adulto sem a qualificação que o mercado exige”, informou a coordenadora. Mesmo havendo uma reserva de mercado específica para os portadores de deficiência, eles sofrem com a incapacitação profissional, tanto que o índice de reprovação nos concursos públicos é grande e não preenche os 10% das vagas destinadas aos deficientes. O desempregado Antônio Freitas, dependente de cadeira de rodas, dedica-se às aulas de informática da Adefal, sabendo que assim poderá conseguir uma dessas vagas. “Eu não tive chance de fazer o curso antes, então agora vou aproveitar a oportunidade e melhorar meu currículo”, explicou. Juranice Batista, vítima de paralisia infantil, reclama do número insuficiente de ônibus adaptados para sua locomoção.

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