Cidades
Julgamento de Ari � adiado para amanh�

BLEINE OLIVEIRA Pela segunda vez desde que foi marcado, foi adiado o julgamento de Amauri Barbosa Ferreira, o Ari, apontado como um dos maiores traficantes de drogas de Maceió. Ari, como é mais conhecido tanto pela polícia quanto no bairro de Mangabeiras, onde existe uma localidade com seu nome, o Morro do Ari, responde a três processos por homicídio, na 2ª Vara Especial Criminal. No primeiro, que deveria ter sido julgado na última segunda-feira, 18, Ari é acusado pelo assassinato de João Vicente de Lima, o João Fuba. O julgamento foi suspenso porque a juíza Nirvana de Mello adoeceu. O segundo processo, no qual Ari responde pelo assassinato de José Maria da Silva Santos, seria julgado ontem, mas também foi adiado, desta vez porque o advogado Pelópidas Argolo, que defende o acusado, alegou doença. Para evitar o adiamento do terceiro processo, no qual Ari é acusado pelo assassinato de Severino Macena Rodrigues, o juiz John Silas da Silva, que responde pela 2ª Vara em substituição à juíza Nirvana de Mello, antecipadamente nomeou um defensor dativo (advogado nomeado pelo juiz para exercer a defesa do réu). O promotor José Alfredo Gaspar de Mendonça Neto disse que a medida foi tomada caso o advogado Luiz Correia da Costa, que defende Ari neste processo, apresente qualquer tipo de impedimento. O que acabou ocorrendo. No início da noite, o juiz John Silas recebeu um ofício no qual Luiz Correia, também alegando doença, pediu que o julgamento fosse adiado. ?Aceitei o atestado, mas o julgamento está mantido?, disse o magistrado, revelando que indicou o defensor público Rui Barros Ferro para fazer a defesa do acusado. Com isso, Ari será julgado amanhã, 22, pela morte do aposentado Severino Macena Rodrigues, de 70 anos. O aposentado foi assassinado no dia 31 de agosto de 1992, no bairro do Jacintinho. Há informações na 2ª Vara Criminal de que o traficante pretende fugir do presídio Baldomero Cavalcanti, onde está preso desde 2002. Em função dessa denúncia, feita de forma oficiosa ao promotor Alfredo Gaspar de Mendonça, foi determinado reforço amanhã, quando do transporte do acusado do presídio para o Fórum de Maceió, no Barro Duro. As testemunhas ouvidas no processo apontam Ari como autor do tiro que matou Severino, considerado uma pessoa de bom caráter. O crime, afirma a promotoria, foi cometido por motivo fútil e sem defesa para a vítima, o que agrava a acusação. Ari vai responder por infração ao artigo 121, parágrafo 2º, incisos II e IV, (homicídio qualificado) do Código Penal. A pena é de reclusão e pode variar entre 12 e 30 anos.