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Nº 5822
Cidades

Gangue de falsificadores est� instalada em Arapiraca

Fernando Araújo A atuação da quadrilha que age em Alagoas é ousada. Para se ter uma idéia, basta dizer que o Detran da Bahia enviou aos Detrans de todo o País uma relação com 410 veículos que foram desalienados irregularmente nos últimos meses, através d

Por | Edição do dia 21/04/2002 - Matéria atualizada em 21/04/2002 às 00h00

Fernando Araújo A atuação da quadrilha que age em Alagoas é ousada. Para se ter uma idéia, basta dizer que o Detran da Bahia enviou aos Detrans de todo o País uma relação com 410 veículos que foram desalienados irregularmente nos últimos meses, através de liminares. Todos esses veículos são das cidades baianas de Granjas, Itabela, Encruzilhada, Santo Estevão, Retirolândia e Itraqura. Estima-se que pelo menos 80 desses carros estejam circulando em Alagoas ou sendo oferecidos ao público a preços sedutores. Para não cair na tentação, um especialista da área recomenda: nunca compre carro usado de terceiros, sobretudo se o veículo tiver placa de fora. Vale lembrar que todos os veículos registrados no Estado têm placas iniciadas pelas letras MU e MV. Qualquer outra formação de letras, mesmo iniciando com M - pertence a veículos emplacados em outro Estado, razão suficiente para desconfiar de sua documentação. Mas Alagoas também tem a sua própria gangue, cuja sede funcionaria em Arapiraca. A quadrilha age em conluio com elementos da Bahia com forte atuação em Itamaraju, município situado no extremo sul daquele Estado, e já liberou dezenas de automóveis e caminhões, provocando grandes prejuízos aos bancos das montadoras e aos incautos que adquiriram esses veículos. A polícia está investigando a ligação de algumas lojas de veículos usados situadas na Jatiúca. Pelo menos uma delas já foi indiciada em negócios ilícitos envolvendo membros da quadrilha. Uma das vítimas é o contador Marcos Antônio Gomes de Oliveira, que comprou um Mercedes-Benz Classe A por R$ 25 mil, vendido por Nelson Cordeiro Ferro Júnior. Só descobriu a fraude quando foi trocar o veículo por um modelo mais novo numa concessionária da marca, em Recife. Além de ficar a pé e sem o dinheiro, Marcos Antônio ainda teve o constrangimento de prestar depoimento na Delegacia de Defraudações. Outra vítima de Nelson Cordeiro foi o jogador de futebol Fernando César (CRB), que levou mais sorte: denunciado à polícia, Nelson não teve tempo para fugir e ressarciu o jogador. Outra vítima da mesma gangue de Nelson Cordeiro é o empresário Alberto Vieira, que há três anos luta para reaver os R$ 40 mil desembolsados na compra de um Vectra, que dois meses depois foi apreendido pela Justiça. O comerciante Adriano Gonçalves Soares também perdeu R$ 18 mil ao adquirir um Fiat Marea, apreendido dois meses depois.

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