IGREJA CATÓLICA CELEBRA PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO DE PADRE CÍCERO

A Arquidiocese de Maceió celebrará, na próxima sexta-feira, 26, o processo de beatificação de Padre Cícero, agora servo de Deus. De acordo com o arcebispo Dom Antônio Muniz, todos os romeiros de Alagoas estão convidados para a hora dedicada aos romeiros na Catedral Metropolitana de Maceió, às 18h. “A Igreja no Brasil, especialmente no Nordeste, recebeu esta notícia com imensa alegria. Juazeiro do Norte todo em festa e a Arquidiocese de Maceió também. Estamos celebrando a Padroeira da Cidade e da Arquidiocese de Maceió até o dia 27 de agosto, na Catedral Metropolitana, e, no dia 26, eu convoquei todos os romeiros de Padre Cícero para abrilhantaram ainda mais a festa com a presença e entoando os benditos. Queremos com este momento celebrar ainda mais a abertura do processo de beatificação do Servo de Deus, padre Cícero Romão Batista”, afirma Dom Antônio. O processo de beatificação do Padre Cícero, divulgado neste sábado (20), foi autorizado pela igreja católica. Em missa em Juazeiro do Norte, o bispo da diocese do Crato, Dom Magnus Henrique Lopes, leu um trecho da carta escrita pelo papa Francisco. “Queridos filhos e filhas da Diocese do Crato, romeiros de todo Brasil, é com grande alegria que eu vos comunico nesta manhã histórica que recebemos oficialmente da Santa Sé, por determinação do santo padre, o papa Francisco, uma carta do dicastério para a causa dos santos, datada do dia 24 de junho de 2022. Recebemos a autorização para a abertura do processo de beatificação do padre Cícero Romão Batista que, a partir de agora, receberá o título de servo de Deus”, disse Dom Magnus Henrique Lopes. O pedido para a autorização da beatificação foi solicitado por Dom Magnus Henrique Lopes, através de uma carta entregue ao papa Francisco durante a visita ao Vaticano, em maio deste ano. Para se dar o processo, a primeira necessidade é a existência de um reconhecimento local da pessoa a ser beatificada, a aclamação popular, que já existe no caso de Padre Cícero. O Vaticano fará um levantamento da biografia do candidato para verificar se há algum fator na biografia que possa impedir o processo. Se nada for encontrado, a igreja emite o Nihil Obstat (nenhum impeditivo), um documento formal, redigido em latim e dirigido ao bispo indicando que o pode haver continuidade do processo. Em seguida, será constituído um tribunal eclesiástico diocesano que vai aferir as qualidades, as virtudes e constatar toda a vida do Servo de Deus. Após a conclusão da fase diocesana, os documentos são encaminhados para o Vaticano, onde inicia-se a fase romana. O Vaticano avalia relatos de milagres, graças e atos que possam dar status de beato a Padre Cícero.

DEVOTO

Aos 19 anos, o estudante David Williams tem uma longa e linda história de amor e devoção por Padre Cícero. Ele já visitou a cidade de Juazeiro do Norte, no Ceará, sete vezes. O alagoano conta que sempre teve vontade de conhecer o local onde Padre Cícero é adorado e que todos os anos atrai milhares de fiéis. “A primeira vez que eu comecei a participar das romarias foi porque sempre tive vontade de conhecer e poder participar desse momento de muita fé e devoção ao padre Cícero Romão Batista”. Por ser menor de idade, David sempre foi acompanhado da avó, que também é devota do, agora, servo de Deus. Porém, por causa da pandemia da Covid-19, nos últimos dois anos, eles não puderam realizar a romaria por causa das restrições. “Desde o tempo que se iniciou a pandemia, nós ainda não fomos, mas tenho fé em Deus e no meu padrinho que logo, logo retornaremos à capital da fé”, ressalta. Ele conta que desde pequeno ouviu falar das histórias de Padre Cícero e se tornou devoto. Segundo ele, promessas feitas ao Padre graças já foram alcançadas. “Desde a primeira vez que eu fui, quando eu era de menor, eu me tornei um devoto do meu Padim Ciço e até hoje e tenho muito orgulho disso. Já alcancei uma graça dele e sou muito grato por isso e fiz questão de agradecer subindo as escadarias da estátua de meu padim de joelhos”.