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FURTO DE CABOS DE ENERGIA GERA PREJUÍZO DE MEIO MILHÃO EM MACEIÓ
Segundo a Sima, um dos alvos preferenciais dos criminosos é a Avenida Pierre Chalita, no bairro São Jorge


Levantamento da Superintendência de Energia e Iluminação Pública de Maceió (Sima) mostra que o custo com a reposição de cabos de energia este ano já ultrapassou R$ 500 mil, montante superior também a todo o ano de 2021, quando foram empregados pela prefeitura R$ 300 mil. Um dos alvos preferenciais dos criminosos é a Avenida Pierre Chalita, no bairro São Jorge. Os dados da Sima mostram que os bairros de Cruz das Almas, Farol, Pontal da Barra, Trapiche da Barra e Jacarecica têm registrado situações de furtos de fios com frequência, além de ficarem às escuras. “Fazendo um comparativo de 2021 com 2022, de janeiro para cá, a gente já superou a quantidade de recursos que a gente empreendeu só para substituição de cabos furtados. No ano passado foi uma média de R$ 300 mil de custo para a prefeitura e esse ano já passa dos R$ 500 mil. Não são ocorrências que a gente consegue prever, mas ultimamente têm ocorrido bastante”, destaca a superintendente da sima, Camila Porciúncula.
A superintendente cita que o Boletim de Ocorrência é feito em todos os casos. “E o que a superintendência mais se preocupa em relação a esses furtos não é só o que a gente gasta de mão de obra, de pessoas que tem que disponibilizar para fazer a reposição desses fios, de equipes que poderiam estar em outros locais corrigindo demandas da população, as ordens de serviço que recebe diariamente. A gente perde muito tempo com essa reposição e o que mais nos preocupa é a questão do risco, da integridade das pessoas”, acrescenta.
“Quando a nossa equipe vai lá e coloca um cabeamento, faz isso de uma maneira técnica. Eles têm capacitação para isso. Quando o cidadão, o criminoso vai lá furtar aquele fio, furta de qualquer jeito, às vezes deixa um pedacinho exposto e fica passando corrente para os postes e aí corre um grande risco de gerar choque elétrico. Por mais que nossas equipes façam a fiscalização dos postes diariamente a gente também se depara com ligação clandestina e coloca a população em risco”, explica a superintendente. O número de furtos no mês de julho chamou a atenção, não apenas em quantidade, mas de grande extensão de material retirado. “A gente tem a fiação subterrânea, parece que o criminoso estudou onde tem o fio e aí ele espera o momento. Tivemos um caso do Lopana até ao Alagoinhas. Tivemos também uma grande extensão em Cruz das Almas. A população às vezes reclama que está apagado, mas não sabe que houve um furto. Quando está apagado porque a lâmpada está queimada é fácil. A nossa equipe vai lá e meia hora substitui, mas quando é furto de fio a gente tem que fazer um processo, fazer medição”, lembra.