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Morre o mais antigo ecologista alagoano

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Faleceu ontem, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Unimed em Maceió, com falência múltipla dos órgãos, aos 96 anos, o ex-vereador e decano dos ecologistas do Estado e, provavelmente, do País, Paulo de Ramalho Pedrosa. Além de político, foi industrial, agricultor e pecuarista. Apesar de todas estas atividades, destacou-se como defensor do meio ambiente e precursor das lutas ecológicas na região e em nível nacional, através de ações que empreendeu ao longo de mais de 50 anos de sucessivos pronunciamentos e campanhas. Últimas homenagens Paulo Pedrosa começou a receber as últimas homenagens no Cemitério Parque das Flores, onde o corpo foi velado e será sepultado hoje, às 10 horas. Alagoano de Rio Largo, ele nasceu no dia 12 de janeiro de 1906. Era filho de José Fernandes de Carvalho Pedrosa e Eponina de Ramalho Pedrosa. Em 1931, casou-se com Benita Mathilde Accioli de Maya, filha do industrial do açúcar, político e advogado Alfredo de Farias Maya, com a qual teve quatro filhos ? José Fernando, oficial do Exército e historiador; Tânia Pedrosa, benemérita das artes e da cultura alagoana, Regina, industrial e seguidora de suas tradições na fabricação de mosaicos, e Judith, já falecida. Posteriormente, de uma segunda união, nasceu outro filho, José Paulo Pedrosa, policial e bacharel em Direito. Teve oito netos e 16 bisnetos. Entre os netos, destaca-se Sérgio Moreira, ex-secretário de Administração e do Planejamento em Alagoas, ex-deputado, ex-superintendente da extinta Superintendência de De-senvolvimento do Nordeste (Sudene), ex-presidente da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e atual presidente do Sebrae nacional. Pioneirismo Há mais de 30 anos, Paulo Pedrosa já defendia a necessidade de os plantadores de coco se organizarem numa cooperativa a fim de acompanhar o desenvolvimento da produção, a desorganização no plantio e na comercialização do produto, para lutarem contra a crise no setor. Isto quando Alagoas era o terceiro Estado produtor de coco no País, depois da Bahia e Sergipe, nesta ordem, e vinha sendo o primeiro. Canais e lagoas Paulo Pedrosa despertou para a proteção do nosso patrimônio natural quando leu Octávio Brandão em ?Canais e Lagoas?- ?livro mestre das águas de nosso Estado nuca superado até hoje?. Daí em diante foi incansável até em suas lutas pela defesa dos canais e lagoas, pela sua dragagem contra o implacável assoreamento, pelo combate à poluição proveniente, como assinalou várias vezes, dos esgotos urbanos dos caudais do Mundaú e do Paraíba do Meio, dos aluviões que, desses rios, demandam as lagoas.

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