Geologia
GOVERNO FEDERAL RECONHECE SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA NO PILAR APÓS RACHADURAS
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O governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional, reconheceu situação de emergência no município do Pilar, em decorrência do surgimento de rachaduras em algumas residências e prédios públicos da cidade, localizada na Região Metropolitana de Maceió. O reconhecimento foi publicado em Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (31). Representantes da Defesa Civil Nacional e do Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) estiveram reunidos nessa terça-feira (30), para debater as possíveis causas das rachaduras que surgiram em três áreas da cidade do Pilar. O encontro aconteceu na sede da Prefeitura, que monitora o levantamento sobre o fenômeno identificado há pouco mais de um mês.
O coordenador da Defesa Civil do Pilar, Almir Santos explicou que a Prefeitura iniciou o processo de demolição da quadra de esportes atingida pelas rachaduras. O Município também interditou a Unidade Básica de Saúde José Manuel dos Santos, que fica localizada no mesmo bairro Padre Cícero e teve realocado o atendimento à população.
Ainda na terça, as equipes também estiveram no bairro Grajaú, percorrendo, trecho da Rua Drº Antônio Cansanção. Agora, os órgãos irão avaliar quais medidas devem ser adotadas frente à suspeita de que as rachaduras são fruto de um processo denominado rastejamento, um movimento de massa que pode ser ocasionado por diversos fatores.
Também participaram da reunião o coordenador da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel BM Moisés Melo, e o promotor Sílvio Azevedo, da Promotoria de Justiça do Pilar.
A área identificada como de risco geológico atinge 13 imóveis, que enfrentam um fenômeno caracterizado pelo movimento de massa lento e que pode ocorrer de forma constante, sazonal ou intermitente. Os locais analisados são casas e estabelecimentos de serviços que foram atingidas ou que apresentam risco iminente de serem afetadas por deslizamentos, fluxo de detritos, quedas de blocos de rocha, enxurrada, inundação ou enchente. Foram classificadas como grau de risco muito alto as áreas com muros tombados, árvores inclinadas e rachaduras em imóveis. Além disso, foram identificadas identificadas trincas no solo contínuas e prolongadas, algumas vezes evoluídas a degraus de abatimentos, caracterizando o processo de rastejo. O relatório recomenda que o município promova estudos geotécnicos e hidrológicos, cuja finalidade será dar embasamento para possíveis projetos de estabilização do solo. Também é recomendada a adequação do sistema de drenagem pluvial e de esgoto, para evitar que o fluxo seja direcionado sobre o terreno instável.