Saúde
SOBE PARA QUATRO O NÚMERO DE CASOS CONFIRMADOS DE VARÍOLA
O estado notificou 214 casos suspeitos da doença; 123 foram descartados e 86 estão em investigação

Alagoas registrou, nesta quarta-feira (7), o quarto caso confirmado de monkeypox (varíola dos macacos). Até agora, o estado notificou 214 casos suspeitos da doença; 123 foram descartados e 86 estão em investigação. De acordo com informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Maceió é o município que possui o maior quantitativo de casos suspeitos (110, o que representa 51,4%), seguido de Arapiraca (19 ou 8,9%) e Delmiro Gouveia com (12 ou 5,6%). No que se refere aos casos positivos, segundo a Sesau, todos são do sexo masculino, tendo como municípios de residência Maceió e Murici, com idade de 37, 35 e 25 (02) anos, respectivamente. Até a terça-feira (6), a capital alagoana teve 106 casos notificados, dos quais 35 foram descartados, subindo para 110 nesta quarta. Alagoas tinha até ontem 202 notificações de casos suspeitos, aumentando para 214. Em relação aos quatro casos confirmados, três ocorreram em Maceió e um em Murici. No que se refere à distribuição de casos por sexo, têm-se que 100 (46,7%) são do sexo feminino, 114 (53,3%) masculino. Já a faixa etária com maior número de notificação entre os casos notificados é a de 20 – 29 anos, com 54 casos (25,2%), seguida de 15 - 19 anos com 28 casos (13,1 %). A varíola dos macacos ou varíola símia é uma doença causada pelo monkeypox vírus. Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal silvestre (roedores) infectados, pessoa infectada pelo vírus monkeypox e materiais contaminados com o vírus. Os sinais e sintomas, em geral, incluem erupções cutânea ou lesões de pele, adenomegalia – linfonodos inchados (ínguas); febre, dores no corpo, dor de cabeça; calafrio e fraqueza. No que se refere aos casos positivos, segundo a Sesau, todos são do sexo masculino, tendo como municípios de residência Maceió e Murici, com idade de 37, 35 e duas pessoas de 25 anos.
ALERTA
Nesta quarta-feira (7), a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) informou que os países das Américas se tornaram o epicentro do surto global de varíola dos macacos, com mais de 30 mil casos concentrados principalmente nos Estados Unidos, Brasil, Peru e Canadá. A entidade esclareceu, no entanto, que a vacinação em massa não é necessária por enquanto.
“Com a escassez de vacinas e nenhum tratamento eficaz para a varíola, os países devem intensificar seus esforços para impedir a propagação do vírus em nossa região”, disse o diretor da Opas, Carissa Etienne. “Temos os meios para desacelerar esse vírus”, disse, em conferência de imprensa virtual da sede da organização em Washington. A varíola dos macacos (monkeypox) circula na África central e ocidental há décadas e não era conhecida por provocar grandes surtos em países de outros continentes ou se espalhar amplamente entre as pessoas até maio, quando dezenas de casos começaram a ser relatados na Europa e na América do Norte. Em julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma emergência global para a varíola, o nível de alerta mais alto usado no passado em surtos semelhantes de zika na América Latina em 2016 e no pandemia de coronavírus, entre outros. A afirmação não significa necessariamente que a doença seja particularmente transmissível ou fatal. Nas Américas, a maioria dos casos foi detectada entre homens que fazem sexo com homens, embora pelo menos 145 casos também tenham sido confirmados entre mulheres e 54 casos entre crianças menores de 18 anos, disse a Opas. Até agora, 30.772 casos foram registrados em 31 países das Américas e quatro mortes, duas no Brasil, uma Cuba e outra Equador, segundo a Opas.