Grupos de sem-terra deixaram o trânsito congestionado, ontem, a partir das 16 horas, no percurso que compreende a Praça da Faculdade até o Palácio dos Martírios e o trecho em direção à sede da Assembléia Legislativa. Dessa vez, o objetivo da marcha foi apresentar solidariedade ao povo palestino, como revelou Reginaldo Pacheco, da direção do Movimento dos Sem Terra (MST). Portando faixas e cartazes, os sem-terras cantaram e ouviram palestra sobre a situação dos palestinos, num ato público realizado na Praça D.Pedro II. Hoje eles começam a voltar para seus acampamentos de origem, já que consideram que a missão em Maceió foi cumprida. “Abril é um mês de marcha do MST em todo o País. Estivemos aqui, demos o nosso recado. A semente foi plantada, agora é hora de continuar a luta no campo”, disse Pacheco. Ele lembrou que o Incra em Alagoas teve o pior desempenho de todo o País no ano passado, de acordo com relatório do próprio Ministério do Desenvolvimento Agrário, tendo atingido apenas 51,2% da meta estabelecida no ano passado, que era de assentar entre 700 a 1.500 famílias, mas só conseguiu atender a 346 famílias. Os sem-terra propuseram ao governador Ronaldo Lessa a implantação, no Estado, de um Programa Estadual de Reforma Agrária, semelhante ao desenvolvido pelo governo do Rio Grande do Sul. Segundo Reginaldo Pacheco, existem hoje 5.400 famílias acampadas em áreas de conflito e, para atendê-las, seriam necessários 25 mil hectares de terra. (Mais sobre ações do MST na página