
18% DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES ESTÃO ACIMA DO PESO EM AL
Das 65.998 crianças avaliadas no Estado na faixa etária de 0 a 5 anos, 5.889 (8,92%) foram classificadas como “peso elevado para a idade”
Por Greyce Bernardino | Edição do dia 24/09/2022 - Matéria atualizada em 24/09/2022 às 04h00
O relatório de estado nutricional do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) do Ministério da Saúde (MS) revela que pelo menos 23.462 crianças e adolescentes estão acima do peso em Alagoas, o que corresponde a 18% da população nesta fase da vida.
Das 65.998 crianças avaliadas no Estado na faixa etária de 0 a 5 anos, 5.889 (8,92%) foram classificadas como “peso elevado para a idade”. Em adolescentes, as estatísticas são ainda mais preocupantes, pois dos 58.145 pesquisados, 10.689 (18,38%) apresentam sobrepeso, 5.564 (9,57%) são obesos e 1.320 (2,27%) sofrem de obesidade grave. Os dados são do ano de 2022.
A obesidade infantil é um problema grave de saúde que pode comprometer a qualidade de vida e desencadear doenças crônicas como diabetes e hipertensão, além de impactar negativamente no desenvolvimento dos ossos, músculos e articulações, prejudicando a formação do esqueleto de crianças e adolescentes. A obesidade grave, por sua vez, é o grau mais agressivo da doença. A realização de um tratamento adequado pode ajudar a melhorar a qualidade de vida da pessoa. “Este tipo de obesidade tem cura, mas, para combatê-la, é importante muito empenho, com o acompanhamento médico e nutricional, de forma a reduzir o peso e tratar doenças associadas’, explicou o nutricionista Thiago Theles. “A obesidade, em qualquer estágio, é resultado do consumo excessivo de calorias durante o dia, o que faz com que existam mais calorias acumuladas no corpo do que aquelas que se gastam durante o dia. Como esse excesso não é gasto na forma de energia, é transformado em gordura”, completou.
DIFERENÇA ENTRE ADULTOS
O profissional explicou que o método para identificar a obesidade em uma criança é diferente do método utilizado para identificar em adultos, esse segundo diagnosticado pelo Índice de Massa Corporal (IMC), que, de acordo com o nutricionista, é necessário o acompanhamento mais específico sempre observando a Caderneta de Saúde da Criança. Thiago explicou também que o sedentarismo somado a má alimentação são uma das principais causas da obesidade infantil. “Hoje, nós vemos muitas crianças completamente sedentárias que passam horas na frente de telas de jogos e não se movimentam”, detalhou. O nutricionista conclui pedindo para que os pais sejam exemplo na alimentação de seus filhos. “A influência da alimentação dos pais é muito importante para o estilo de vida alimentar das crianças”.