Saúde
ALAGOAS INVESTIGA 78 CASOS SUSPEITOS DA VARÍOLA DOS MACACOS
Ao todo, o estado recebeu 344 notificações de casos suspeitos da doença, sendo que 206 deles já foram descartados, informa Sesau


A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) investiga 78 casos suspeitos da varíola dos macacos, conforme boletim epidemiológico divulgado pelo órgão nesta segunda-feira (3). Ao todo, o estado recebeu 344 notificações de casos suspeitos. Desse total, 206 ou 56,9% dos casos suspeitos já foram descartados. Alagoas já registrou ainda 13 casos confirmados da doença, cujos pacientes, são moradores de Maceió, Viçosa e Murici. Além disso, verifica-se que o município de Maceió é o que possui o maior quantitativo de casos (194; 56,4%), seguido de Arapiraca (28; 8,1%) e Delmiro Gouveia com (14; 4,1%) respectivamente. Nesta segunda-feira (3), a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confimou a segunda morte de um paciente infectado pela varíola dos macacos no estado em decorrência da doença. A vítima é um homem de 31 anos, morador de Mesquita, que estava internado há mais de um mês na capital fluminense. O paciente deu entrada no Instituto Nacional de Infectologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no dia 31 de agosto e, dois dias, depois foi transferido para o Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, onde se encontrava desde então. Segundo a SES-RJ, o homem apresentava baixa imunidade e comorbidades que agravaram o quadro da doença. Ele foi tratado com o medicamento experimental tecovirimat, o que resultou em melhora parcial das lesões, mas, no sábado (1º), sofreu parada respiratória e morreu. Conhecida internacionalmente como monkeypox, a varíola dos macacos é endêmica em regiões da África e se tornou uma preocupação sanitária devido à disseminação para diversos países desde maio. A doença é causada por um poxvírus do subgrupo orthopoxvírus, assim como ocorre por outras doenças como a cowpox e a varíola humana, erradicada no Brasil em 1980 após campanhas massivas de vacinação. A varíola dos macacos foi descrita pela primeira vez em 1958. Na época, também se observava o acometimento de macacos, que morriam. Vem daí o nome da doença. No entanto, no ciclo de transmissão, os macacos são vítimas como os humanos. Na natureza, roedores silvestres provavelmente representam o reservatório animal do vírus. Entre pessoas, a transmissão ocorre por contato direto, como beijo ou abraço, ou por feridas infecciosas, crostas ou fluidos corporais, além de secreções respiratórias. O sintoma mais característico é a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele. Além dessas lesões, podem ocorrer febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza.
Até então, havia apenas duas mortes registradas: uma em Minas Gerais e uma no Rio de Janeiro. Em todo o mundo, foram reportados mais de 61 mil casos e 23 mortes. As informações são da Agência Brasil.