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Nº 5759
Cidades

MORADORA FICA PRESA EM INCÊNDIO DENTRO DE APARTAMENTO NA JATIÚCA

Ela só conseguiu sair do apartamento após receber ajuda de funcionários e moradores da região

Por Jobison Barros | Edição do dia 20/10/2022 - Matéria atualizada em 20/10/2022 às 04h00

Uma moradora passou por momentos de desespero na noite dessa terça-feira (18), dentro de um apartamento no bairro de Jatiúca, em Maceió, após ser vítima de um incêndio que tomou conta de um dos quartos do imóvel. Ela só conseguiu sair do apartamento após receber ajuda de funcionários e moradores da região. Apesar do sinistro, a moradora – que estava sozinha - não ficou ferida. De acordo com relatos da vítima, a jornalista Marcela Vilela - que sofre com problemas pulmonares e cardíacos -, uma lâmpada no teto explodiu e caiu em cima do colchão, onde ela se preparava para dormir. "Estava sentada na cama e, de repente, a lâmpada caiu já com o fogo em cima do colchão. Desesperada, fui até a janela e pedi socorro a vizinhos e ao porteiro do prédio. Os moradores daqui e de outros apartamentos ficaram gritando para pedir ajuda também. Eu não tinha para onde ir, porque iria me queimar, pois o fogo estava tomando conta de tudo. Tenho problemas de coração e pulmão e tive que colocar a cabeça para fora para respirar. Pensei até em pular da janela diante da agonia.”, disse a moradora, em entrevista à TV Pajuçara. Depois desses momentos de aflição, ela foi orientada a amarrar o cabelo e tentar passar pelas chamas. Enquanto isso, o porteiro e alguns moradores chegaram ao apartamento com extintores e, depois, o Corpo de Bombeiros. A angústia só não foi maior porque o filho de Marcela, um bebê de 1 ano, não estava no imóvel quando o fato ocorreu.

Como a Gazeta de Alagoas mostrou, somente de janeiro a agosto deste ano, o Corpo de Bombeiros de Alagoas registrou 672 casos de incêndio no Estado. O número é 21,58% menor do que as 857 ocorrências registradas no mesmo período do ano passado. Segundo a corporação, de 1º de janeiro a 17 de agosto de 2022, foram contabilizados 227 casos de incêndios em edificações. Os números também apontam que 180 dos atendimentos dessas ocorrências foram em terrenos baldios, lixões, lixos e aterros. Já os casos de incêndios em veículos chegaram a 67, e em vegetação foram 105. Outros tipos somaram 93. No mesmo período de 2021, os dados mostram que o número de edificações que tiveram o registro de incêndios foram 240, seguidos de casos em terrenos baldios, 227. Veículos foram 113, já em vegetação, 190. Outros tipos, 87. Em todo o ano, os Bombeiros registraram 1.513 casos em Alagoas. A Major Viviane Suzuki, do Corpo de Bombeiros, explica que apesar da redução, os números ainda são considerados elevados. No entanto, ela ressalta que as ocorrências diminuíram devido ao período de chuvas no estado. “Essa redução foi acarretada justamente por conta dos grandes períodos chuvosos, principalmente relacionada a incêndios em terrenos devido ao solo encharcado. Em agosto, por exemplo, é um mês com o maior índice dessas ocorrências”, colocou a major. Ela lembra que os incêndios deste tipo estão, muitas vezes relacionados com o acúmulo de entulhos que a população descarta. “Muita gente não sabe, mas uma garrafa de vidro, por exemplo, consegue absorver o calor e assim propagar e gerar o fogo no mato. Por isso, que pedimos a população para evitar ações como essa que podem sim causar grandes ocorrências”, acrescentou. Os números de incêndios em residências também preocupa a corporação. Uma das orientações para os moradores é ter uma atenção redobrada no manuseio de equipamentos, assim como evitar deixá-los ligados quando estiverem fora dos imóveis. “O manuseio incorreto pode sim acarretar nas ocorrências, pois gera um curto circuito nos aparelhos. É importante ainda verificar a saúde da fiação elétrica. Isso pode passar despercebido mas é um mal comum vermos gambiarras. É em potencial um grande causados dos incêndios em residências”, disse a major Viviane Suzuki. As ocorrências deste tipo são atendidas pelo Corpo de Bombeiros. Ao chegar ao local, a primeira atenção é para desacionar a rede elétrica e seguir no combate às chamas, em seguida verificando o ponto do início do incêndio.

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