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Gorjeta de Natal tamb�m exige planejamento

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ALINE ANGELI Muita gente pode até torcer o nariz, mas, com a chegada das festas de fim de ano, é praticamente impossível passar incólume por um hábito brasileiro que já virou instituição nesta época: as famosas gorjetas ou ?caixinhas? de Natal. A etiqueta ? e o bom senso ? são impiedosos com o bolso nesse quesito: para a maioria dos consultores, distribuir pequenas gratificações aos profissionais que nos prestam serviços mais pessoais, como porteiros, manicures, lixeiros e faxineiras, é um gesto de atenção e gentileza indispensável. ?Acho importante, sim?, afirma a empresária Perla Gomes de Melo. ?Não vejo como algo obrigatório, como um fardo, mas como uma oportunidade de agradar a quem me serviu, de doar um pouco mais?, explica. ?Quem pode, deve mesmo se programar e reservar uma quantia dos gastos de final de ano para isso?, diz. Como a lista a quem dar caixinha pode não ter fim (além dos já citados ela costuma incluir zelador, carteiro, entregador de gás, medidor de água e de luz, entregadores, cabeleireiro etc.), a questão para a maioria das pessoas é: para quem dar e quanto dar sem provocar um rombo no orçamento? Segundo a consultora de etiqueta Claudia Matarazzo, autora de vários livros sobre o tema, tudo, claro, depende do salário de quem paga e da região em que se vive. ?Deve-se também fazer uma análise do trabalho prestado pelo profissional?, orienta. A dica é estabelecer antes uma hierarquia. Claudia destaca que faxineira, empregada doméstica e zelador encabeçam a lista das gratificações mais gordas. Quanto aos demais prestadores, vale a seguinte regra: nunca pague um valor inferior a um café. Em geral, R$ 5 são aceitos em consenso como o mínimo. ?Com os lixeiros, o pessoal costuma contribuir, em média, cerca de R$ 5 a R$ 20?, afirma Paulo Nicácio, secretário-geral do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio, Conservação e Limpeza Urbana de Alagoas. Como são profissionais que recebem contribuições de várias pessoas, a quantia total significa normalmente uma boa gratificação. Quem ficar constrangido em entregar o dinheiro diretamente, pode fazer isso com um envelope e um cartão, orientam os especialistas. A ?tática? de dar um panetone ou espumante também não é de todo mal?, diz Claudia Matarazzo. ?O mais importante é demonstrar que existe gratidão pelo trabalho prestado?, completa. Para agradar, há quem não meça esforços. É o caso da aposentada Creuza Lucena, 80 anos. ?Passo o ano colecionando lembrancinhas para dar a todo mundo?, diz. ?Não esqueço ninguém, nem mesmo as empregadas das minhas irmãs. Além de dar dinheiro, já comprei até calção e camisa para meus lixeiros?, conta. ?Fico mais feliz em dar do que receber?, completa.

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