Estado � o terceiro que menos interna no Pa�s
Alagoas é o terceiro Estado do País que menos consegue internar pacientes na área de clínica médica, estando acima apenas de Roraima e Amazonas. Segundo dados repassados pelo presidente do Sindicato dos Hospitais (Sindhospital), Humberto Gomes de Melo, só
Por | Edição do dia 24/04/2002 - Matéria atualizada em 24/04/2002 às 00h00
Alagoas é o terceiro Estado do País que menos consegue internar pacientes na área de clínica médica, estando acima apenas de Roraima e Amazonas. Segundo dados repassados pelo presidente do Sindicato dos Hospitais (Sindhospital), Humberto Gomes de Melo, só 1,59% da população foi internada na área em 2001. A média do Brasil é de 2,52% de internações. Em todas as especialidades médicas, 7% da população foi internada, o equivalente a 203.678 internações. Em ordem decrescente, somos o 17º Estado em internações hospitalares, diz Humberto Melo. O Piauí internou 9,69% de sua população, apesar de ter uma realidade semelhante a de Alagoas; Mato Grosso do Sul internou 8,8%; o Distrito Federal, 8,65%, e o Paraná, 8,25%. Pela avaliação de Humberto Melo, o baixo percentual de internações reflete a falta de recursos para remuneração dos serviços necessários à população doente. Há restrições financeiras para os encaminhamentos necessários, a exemplo das pessoas atendidas pelo Programa Saúde da Família, comenta o presidente do Sindhospital. No Brasil, foram internados 11,7 milhões de pessoas em 2001. A média brasileira é de três leitos por mil habitantes. Alagoas dispõe de 2,41 leitos por cada grupo de mil habitantes. No total, o Estado conta com 84 hospitais e cerca de 6.600 leitos hospitalares, para uma população de 2 milhões e 738 mil habitantes. Maceió representa 46,% das internações; Arapiraca fica com o equivalente a 14% e o restante das internações está distribuída em 41 municípios. Descredenciamento Três hospitais de Alagoas que estavam com serviços desativados para o Sistema Único de Saúde (SUS) foram oficialmente descredenciados pelo Ministério da Saúde: o Hospital Nossa Senhora da Conceição, de Viçosa; a Clínica Santa Juliana (antiga Clínica Cirúrgica de Maceió e Casa de Saúde Neves Pinto) e o Hospital Lima Castro, de Coruripe. Segundo o presidente do Sindicato dos Hospitais, Humberto Gomes de Melo, na prática não haverá prejuízos à população, porque essas unidades há muitos anos deixaram de atender pelo SUS, mas continuavam mantidas no cadastro do sistema.Em nível nacional, a limpeza de arquivo, feita pelo Ministério da Saúde, excluiu de seu cadastro 868 hospitais, responsáveis por 44.292 leitos que não prestavam serviços ao SUS nos últimos seis meses.