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Nº 5759
Cidades O descarte irregular de resíduos acaba provocando pontos de alagamentos na capital alagoana, diz secretaria

Descarte irregular de lixo provoca alagamentos em maceió

Entupimento das galerias pluviais e a contaminação dos rios e mares prejudicam a população

Por TATIANNE BRANDÃO | Edição do dia 12/11/2022 - Matéria atualizada em 12/11/2022 às 04h00

As fortes chuvas que causaram estragos em vários bairros de Maceió nos meses de maio a julho e também nos últimos dias, levanta um assunto que já é discutido há muitos anos: o descarte irregular de lixo. O resultado dessa prática acaba gerando grandes impactos ambientais e sociais para a população como alagamentos e inundações, obstrução de vias públicas, prejuízos ao turismo e transtornos com saúde pública. Em Maceió, é recorrente o problema causado pelo grande volume de água das chuvas e a ocorrência de descarte irregular de resíduos. O entupimento das galerias pluviais e a contaminação dos rios e mares prejudicam a população. Prova disso é que de janeiro a outubro, foram recolhidos mais de 650 toneladas de entulhos. O maior volume foi registrado no mês de setembro, com 147,451 m³ de resíduos. “Temos diversos problemas de alagamentos na cidade. Alguns deles são provocados pela própria população. O lançamento do lixo irregular, a gente encontra uma dificuldade muito grande com relação à entulho, resto de construção, tudo isso é lançado nas ruas e quando há um volume de chuva, todo esse material é direcionado para dentro das galerias e acaba tendo uma obstrução do sistema de drenagem, que causam os alagamentos e pode provocar a inundação de algumas residências, levando prejuízos aos moradores, como perda de móveis, a destruição de algumas casas. É fundamental que a população faça a sua parte. Não adianta a Prefeitura realizar o serviço e em pouco tempo o sistema de drenagem volta a ser obstruído pela falta de educação da população”, afirma o Gabriel Rodas, coordenador de drenagem da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra). Em janeiro a Seminfra recolheu 31,752 m³ de entulho; fevereiro foram 18,454 m³; março: 18,472 m³ ; abril: 30,748 m³, maio: 18,742 m³; junho: 24,564 m³; julho: 121,141 m³; agosto: 109,744 m³; setembro: 147,451 m³ e outubro: 138,520 m³, totalizando 659,861 m³. Nos últimos meses, a Prefeitura afirma que adquiriu novos equipamentos com maior potência de limpeza. “Esses caminhões tem um poder de limpeza bem maior do que a gente tinha. E agora temos oito caminhões, antes eram dois, por isso a grande retirada de material nos últimos meses, principalmente”, explicou Rodas. Móveis inservíveis, pneus, restos de podas de árvores, lixo doméstico e são itens são facilmente descartados de forma irregular pela população e encontrados em praças, vias públicas, terrenos e demais locais a céu aberto. Em 2021, a Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes) recolheu mais de 220 mil toneladas de lixo em pontos críticos de descarte irregular, ultrapassando R$ 29 milhões que foram utilizados para reverter uma situação que nem deveria existir.

Pontos de descarte

Para evitar a prática, a Prefeitura de Maceió oferta diversos equipamentos, como os 32 Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), espalhados pelas principais praças e ruas da cidade, que servem para reunir os recicláveis descartados pela população. Em Maceió existem cinco Ecopontos construídos em bairros estratégicos para receber restos de poda de árvores, materiais inservíveis e resíduos da construção civil (até 1m³/gerador). Veja logo mais o endereço dos PEVs e Ecopontos. Além de descartar de forma correta, a população também pode ajudar denunciando. Ao flagrar um descarte inadequado, o cidadão pode entrar em contato com o órgão, através do 0800 082 2600 ou WhatsApp 98802-4834, enviando fotografias e vídeos do flagrante. Caso seja constatada a infração, o autor pode ser multado.

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