Cidades
APESAR DA DESVALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO, CONCURSOS TÊM SIDO CONCORRIDOS


Também indo contra todos os indícios oriundos da universidade, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Alagoas (Sinteal) não acredita que a projeção para 2040 seja concretizada no Estado. Para a entidade, a desvalorização pode, de fato, desestimular algumas pessoas a ingressarem na área da docência, mas o que tem sido visto por aqui é um interesse em alta quando são realizados concursos públicos, nos quais a disputa pelas vagas é sempre acirrada.
“A desvalorização da nossa profissão realmente tem desestimulado as novas gerações, mas aqui ainda percebemos um interesse grande em pessoas iniciando a carreira. Os concursos realizados para a nossa área têm sido bastante concorridos, a exemplo do que aconteceu no ano passado no Estado de Alagoas”, afirma Lucas Soares, diretor do Sinteal.
Ele conta também que, no interior do estado, a situação não é diferente, e a procura, todas as vezes que surgem oportunidades de emprego, é sempre bem grande. “No interior, os concursos para a Educação também são bem concorridos, claro que isso tem relação direta com as condições financeiras do nosso Estado e dos municípios. Se conseguirmos melhorar as condições salariais e estruturais das escolas, garantindo concursos públicos para a educação no curto e médio prazo, não vejo como essa projeção se concretizar em Alagoas”, pontua o representante do sindicato.
De fato, o pró-reitor da Ufal Amauri Barros conta que, apesar de todas as dificuldades, Alagoas ainda é um dos estados da Federação que apresentam um dos melhores cenários. Mesmo assim, ele teme que a projeção de que ocorra um “apagão” de professores da Educação Básica se concretize e reafirma a possibilidade disso acontecer. “Essa situação já é uma realidade aqui, já temos dificuldades de preencher vagas na universidade, mas, mesmo assim, Alagoas ainda é um estado onde o problema é menos grave”, destaca. JB
