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Nº 5759
Cidades

Só 1% das crianças de seis meses a 2 anos estão vacinadas em Maceió

Números mostram que apenas 17 crianças de seis meses a 2 anos tomaram a vacina

Por regina carvalho | Edição do dia 15/12/2022 - Matéria atualizada em 15/12/2022 às 07h54

O apelo dos especialistas para frear o número de casos e mortes por Covid-19 em Alagoas nas últimas semanas ainda não impactou no percentual de vacinados na capital alagoana, especialmente no que se refere às crianças. Isso é o que aponta levantamento da Secretaria Municipal de Saúde. Apenas 1,1% do público de 6 meses a 2 anos foi imunizado. Os números da SMS mostram que apenas 17 crianças de seis meses a 2 anos tomaram a vacina contra Covid na capital e que 14,6% ou 4,2 mil pequenos de 3 a quatro anos foram imunizados e, desse total, 1,2 mil tomaram a segunda dose. A estimativa da população pediátrica em Maceió – de 3 a quatro anos - é de 28.943 crianças nessa faixa etária. Desde o dia 2 de dezembro, a Prefeitura de Maceió iniciou a vacinação contra a Covid-19 com o uso do Pfizer em crianças sem comorbidades de 6 meses a 2 anos de idade (2 anos, 11 meses e 29 dias). A medida segue a recomendação do Ministério da Saúde (MS), por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), e foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O esquema de vacinação primário é composto de três doses em que as duas doses iniciais devem ser administradas com quatro semanas (28 dias) de intervalo, seguidas por uma terceira dose administrada pelo menos oito semanas (56 dias) após a segunda dose. Segundo a SMS, a vacina contra a Covid deve ser adiada diante de doenças agudas febris moderadas ou graves. Nas pessoas com quadro sugestivo da doença em atividade, a vacinação deve ser adiada até a recuperação clínica total e, pelo menos, quatro semanas após o início dos sintomas. Para vacinar o público de 6 meses a 2 anos é necessário que as crianças estejam acompanhadas dos pais. Caso a criança esteja acompanhada de outro responsável é necessário o preenchimento do Termo de Assentimento para Vacinação Infantil + cópia do documento de identificação do pai ou mãe, o qual ficará retido no ato da vacinação.

Os responsáveis devem apresentar o próprio documento de identificação com foto e documentação da criança, que deve ser RG ou Certidão de Nascimento, Caderneta de Vacinação e CPF ou Cartão SUS.

Boletim epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) detalha que desde o início da pandemia 49 crianças de até 10 anos não resistiram às complicações da Covid em Alagoas. De 2020 a 2022, em relação à frequência da faixa etária dos casos confirmados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19, foram 705 infectados nessa faixa etária. Entre 1° de janeiro e 11 de outubro de 2022, o Brasil registrou uma morte por dia entre crianças de 6 meses a 5 anos diagnosticadas com Covid-19. No total, foram 314 óbitos nessa faixa etária no período. Os dados analisados pela equipe do Observa Infância (Fiocruz/Unifase) são os mais recentes do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e compreendem óbitos em que a Covid-19 foi a causa básica e aqueles em que a doença foi registrada como uma das causas associadas. De acordo com informações publicadas pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a imunização de crianças contra a Covid-19 avança em ritmo lento no Brasil. Segundo dados do Vacinômetro Covid-19 (Ministério da Saúde) analisados pelo Observa Infância em 28 de novembro, apenas 7 de cada 100 crianças de 3 e 4 anos receberam as duas doses da vacina. Do total de 5,9 milhões de crianças nessa faixa etária, somente 1.083.958 tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19, enquanto 403.858 completaram a imunização com a segunda dose.

Boletim epidemiológico

Nas últimas 24 horas foram confirmados mais 271 casos de Covid em Alagoas e duas mortes provocadas pelo coronavírus. As vítimas tinham 62 e 75 anos e do sexo feminino. A primeira residia em Arapiraca, tinha doença hepática crônica, diabetes, hipertensão e morreu no Hospital de Emergência do Agreste (HEA).

A segundo vítima residia em Maceió tinha diabetes, hipertensão arterial e morreu no Hospital Veredas, na capital.

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