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Nº 5759
Cidades

Greve de tripulantes não altera operações em Maceió, diz AENA

Segundo Sindicato, paralisação é para cobrar reajuste dos salários e melhoria nas condições de trabalho

Por ROGÉRIO COSTA | Edição do dia 20/12/2022 - Matéria atualizada em 20/12/2022 às 06h55

Mesmo com a greve dos pilotos e comissários de bordo, deflagrada nesta segunda-feira (19), o Aeroporto Zumbi dos Palmares, em Rio Largo, seguiu operando sem alterações. Estavam programados cerca de 30 voos para a capital alagoana, com operações de pouso e decolagem.

Pilotos e comissários entraram em greve nesta segunda, paralisando as atividades das 6h às 8h (horário de Brasília). A paralisação aconteceu nos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Fortaleza, e causou repercussões no país, sendo responsável por atrasar, ao menos, dez voos no Aeroporto de Guarulhos, segundo a GRU Airport. Os trabalhadores recusaram a proposta de retorno ao trabalho feita junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) e aderiram à convocação do Sindicato Nacional dos Aeronautas. De acordo com decisão do Superior Tribunal do Trabalho, 90% dos aeronautas devem continuar trabalhando. O Sindicato dos Aeronautas reivindica a recomposição das perdas inflacionárias salariais, além de ganho real, “tendo em vista os altos preços das passagens aéreas que têm gerado crescentes lucros para as empresas”. A categoria também requereu melhorias nas condições de trabalho para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho, como a definição dos horários de início de folgas e proibição de alterações nas mesmas, além do cumprimento dos limites já existentes do tempo em solo entre etapas de voos.

“Em respeito à sociedade e aos usuários do sistema de transporte aéreo, os aeronautas farão a paralisação somente por duas horas, sendo assim todas as decolagens iniciarão após às 8h. No entanto, todos os voos com órgãos para transplante, enfermos a bordo, e vacinas, não serão paralisados”, declarou o sindicato.

A proposta apresentada pelo ministro do TST, Aloysio Corrêa da Veiga, previa reposição de 100% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 0,5%, incidindo sobre os salários fixos e variáveis; porém, foi rejeitada pela categoria.

VOOS CANCELADOS

Pelo menos 22 voos foram cancelados e dezenas atrasados devido à greve, segundo as atualizações das concessionárias dos aeroportos pelo Brasil. A Infraero comunicou que somente no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, foram registrados 8 atrasos e 11 cancelamentos, entre partidas e chegadas. Já no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, a Infraero disse que foram registrados 34 atrasos e oito cancelamentos, também computando partidas e chegadas. Segundo o Aeroporto de Brasília, dois voos foram cancelados, além de 11 atrasos em voos que decolariam da capital e outros 14 que estavam previstos para pousarem na cidade. Os voos que foram cancelados partiriam de Salvador e Fortaleza com destino a Brasília. No aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, um voo foi cancelado, segundo a Infraero. Mais cedo, o GRU Airport informou que dez voos foram afetados com a paralisação e estavam atrasados. A concessionária do Aeroporto de Guarulhos disse que no momento a situação é estável. Em nota, a Latam disse que está em negociação com o Sindicato Nacional dos Aeronautas desde o início de setembro para a construção do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e aguarda convocação de assembleia pelo Sindicato para votação pelos tripulantes da companhia. Já a GOL afirmou à CNN que não vai comentar sobre a greve e, por se tratar de um assunto setorial, se posiciona por meio do SNEA (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), que deverá ser consultado. A Azul também disse que não vai se manifestar.

Ao falar sobre os reajustes pedidos pelos aeronautas, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) disse que o preço das passagens foi fortemente afetado nos últimos anos por conta de pandemia, conflitos na Europa, desvalorização do real frente ao dólar e aumento do preço do petróleo como justificativa por não ter havido os aumentos solicitados.

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