Cidades
Local onde fica ‘imagem que chora’ em AL recebe visitas de católicos
Fenômeno teria acontecido com imagem de Nossa Senhora das Dores exposta em praça de Flexeiras

A notícia de uma “imagem que chora” em Flexeiras, Alagoas, começa a sensibilizar e atrair católicos da cidade e de outros lugares. O local onde a imagem de Nossa Senhora das Dores fica exposta, na Praça Padre Cícero, recebe diariamente pessoas interessadas no fenômeno. Algumas apenas para ver de perto a santa que lacrimejou. Outros fiéis possuem tanta fé, que já fazem promessas e cultos na praça onde a imagem está. Para a doadora da imagem à paróquia, conhecida como dona Cele, houve um milagre no episódio. “Foi junto com alguns fiéis da Legião de Maria e alguns comerciantes que a doação aconteceu. Comprei e nunca vi a santa chorando, nem meus familiares, romeiros que rezam o terço todo mês. Mas eu acredito em milagres”, disse.
Segundo Eduardo Nascimento, da Pastoral de Comunicação (Pascom) em Flexeiras, na última sexta feira (16), uma criança que estava na praça com sua mãe notou a que a imagem estava lacrimejando, e daí, a notícia foi se espalhando pela cidade, quando começaram a chegar várias pessoas. A mulher que doou a imagem disse que a santa não tinha as lágrimas”.
Perguntado sobre a movimentação no local, ele ainda confirmou que a praça onde está a imagem recebe visitas diárias de pessoas para ver a santa. “Sim, os devotos e algumas pessoas da cidade têm aparecido. Não sei informar se tem pessoas de fora, mas, é provável que sim”, ressaltou o religioso.
Vaticano só reconhece um caso
O único caso de estátua que chora sangue reconhecido pelo Vaticano aconteceu no Japão, em 1973, na cidade de Akita. Segundo relatos, Nossa Senhora apareceu para a freira Agnes Katsuko Sasagawa pedindo que rezasse mais; em seguida, a estátua começou a chorar. O fenômeno foi exibido pela televisão em rede nacional no Japão.
Na América Latina, há relatos de diversos episódios do gênero: Paraguai, Equador e Venezuela são só alguns dos países que registraram casos de imagens de santas que choravam sangue ou vertiam óleo.
Muitos casos não têm explicação científica. Uma das hipóteses seria a presença da bactéria Serratia Marcescens (cuja pigmentação é semelhante à do sangue humano), que poderia se desenvolver no interior da peça e cair como fluido pelos orifícios dos olhos das estátuas. No entanto, não é uma explicação muito convincente, porque em alguns casos, trata-se mesmo de sangue, e não de uma bactéria. As pessoas mais ligadas à religião acreditam que se trata de um milagre, de uma mensagem, um sinal sagrado.
O que diz Arquidiocese
Procurada pela reportagem, a Arquidiocese de Maceió confirmou que não possui, até agora, mais informações sobre o ocorrido. E não confirmou se há alguma investigação em curso sobre o fenômeno. Já o padre Luiz Rodrigues, responsável pela paróquia, foi procurado, mas, até agora, não respondeu aos nossos questionamentos.