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Nº 5759
Cidades Rede Acolhe conta com 34 comunidades terapêuticas credenciadas que ofertam 750 vagas em todo o Estado

Cresce Número de dependentes químicos atendidos pela Rede acolhe

Até a primeira quinzena de dezembro, 4.857 pessoas haviam sido encaminhadas para comunidades

Por Everton Dimoni | Edição do dia 24/12/2022 - Matéria atualizada em 24/12/2022 às 04h00

Recomeçar a vida com mais saúde, dignidade e livre das drogas tem sido a realidade de muitos alagoanos que desejam abandonar a dependência química. A Rede Acolhe, programa de tratamento para dependentes químicos do Governo de Estado, ampliou o número de atendimentos em 2022, contribuindo para que mais pessoas tenham a oportunidade de ressignificar suas jornadas e retomar o convívio social de cabeça erguida. Dados atualizados mostram que, em 2021, foram registrados 4.504 encaminhamentos de dependentes químicos a comunidades acolhedoras. Já em 2022, esse número cresceu 7,3% até a primeira quinzena de dezembro, saltando para 4.857 encaminhamentos, sendo 4.461 homens, 203 mulheres e 202 adolescentes de ambos os sexos. A previsão é que este número ultrapasse a marca dos 5 mil até o final do ano. Coordenada pela Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), a Rede Acolhe conta com 34 comunidades terapêuticas credenciadas que ofertam 750 vagas na capital e no interior do Estado, onde os casos são acompanhados de perto por equipes multidisciplinares, formadas por profissionais de psicologia, assistentes sociais, advogados, técnicos e voluntários. As vagas contemplam pessoas a partir dos 12 anos de idade, que tenham o desejo de superar a dependência em álcool e outras drogas.

O secretário de Prevenção à Violência, Kelmann Vieira, ressalta a importância do apoio profissional para que o dependente químico consiga superar o vício de maneira efetiva, seja em álcool, maconha, cocaína ou qualquer outra substância. Ele destaca que a Rede Acolhe já beneficiou mais de 35 mil pessoas, ajudando-as a vencer a dependência química e a retornar ao convívio social.

“É necessário entender as questões individuais que levam ao consumo de entorpecentes para oportunizar o tratamento adequado. Nas comunidades acolhedoras, cada caso é avaliado individualmente e, com a ajuda da equipe multiprofissional, torna-se mais fácil vencer a condição de dependência. Ano após ano, a Rede Acolhe tem registrado milhares de histórias de sucesso de pessoas que tiveram suas vidas abaladas pelo uso de álcool ou de drogas ilícitas, mas conseguiram dar a volta por cima”, afirma o secretário.

Reinserção social

Dando continuidade a esse acompanhamento, a Seprev, por meio do Centro de Referência em Reinserção Social e Produtiva, promove a capacitação profissional de dependentes químicos atendidos pela Rede Acolhe. Os cursos são oferecidos por meio de contrato com o Senac Alagoas, entidade de referência nacional na formação de profissionais para o mercado de trabalho. A superintendente de Políticas sobre Drogas da Seprev, Lideilma Ribeiro, explica que a reinserção profissional e social é um passo fundamental para a reabilitação desse público. Em 2022, o Centro de Referência em Reinserção Social e Produtiva já contabilizou mais de 828 concluintes dos cursos oferecidos pelo Senac. “A capacitação profissional do público acompanhado pela Rede Acolhe oportuniza a geração de emprego e renda, prevenindo a reincidência dos mesmos ao uso de substâncias químicas. Dessa forma estamos dignificando os nossos acompanhados, possibilitando a empregabilidade e uma vida produtiva, essenciais para sua reabilitação”, afirmou a superintendente.

ATENDIMENTO

Todos os esforços devem ser direcionados para prevenir o uso abusivo de álcool e outras drogas. Mesmo assim, caso exista a necessidade de tratamento, os interessados podem buscar ajuda em uma das comunidades acolhedoras credenciadas ao Governo de Alagoas. O atendimento pode ser feito em um dos três Centros de Acolhimento, que ficam em Maceió, Arapiraca e Santana do Ipanema, ou agendando uma visita das equipes técnicas pelo número 0800 280-9390.

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