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Maceió registra mais de 800 deslizamentos de terra em 2022

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Maceió viveu um período intenso de chuvas durante o inverno deste ano que afetou diretamente as pessoas que vivem em áreas de risco. Os números de deslizamento de terra, durante 2022, de acordo com dados da Defesa Civil Municipal, chegaram a 806 na capital alagoana, com uma força-tarefa acionada para atender a população. Foram atendidos neste ano mais de 3.500 ocorrências em todos os bairros da capital alagoana. Somente em maio, período de intensas chuvas, foram 657 registros. Este trabalho é desenvolvido, principalmente, nos bairros com mais vulnerabilidade social, onde há mais construções em áreas que são consideradas de risco por estarem localizadas próximas a encostas e/ou em locais que alagam e expostas a outros tipos de riscos.

Segundo o órgão, os agentes operacionais realizam um trabalho em conjunto com as assistentes sociais da Defesa Civil Municipal. Em equipe, atendem as demandas dos moradores desde a realização da vistoria nos imóveis até o acolhimento e encaminhamento para os benefícios municipais, como o aluguel social ou o programa de habitação, em caso de desabamento total ou parcial da residência.

Abelardo Nobre, coordenador Geral da Defesa Civil de Maceió, explica que a capital viveu um período crítico com as chuvas, principalmente em maio, mas que apesar as inúmeras ocorrências, o planejamento de ações realizado em 2021 possibilitou que não houvesse registro de mortes por conta dos temporais. “Esse planejamento foi desenvolvido no ano passado; em novembro e dezembro já havia um plano de ações integradas com outras secretarias. Como resultado, conseguimos enfrentar esse período chuvoso mais intenso, com dois grandes eventos extremos que afetaram a população, mas mesmo assim sem registro de óbitos. Isso não acontecia em anos anteriores. E agora já está concluído o plano referente a 2023. Ou seja, já temos todas as ações determinantes para cada mês do ano”, disse.

Todas as solicitações são recebidas pelo Call Center que, de maneira ágil, realiza o primeiro atendimento, fazendo a triagem do ocorrido e direcionando para o setor responsável. E, somente em julho, mês que ocorreu a enchente provocada pelo transbordamento da Lagoa Mundaú, foram registrados 2.608 ligações recebidas.

O setor operacional atende esses chamados e realiza também os encaminhamentos para as demais secretarias. “Quando há uma ocorrência em que necessita de reconstrução de via ou mesmo uma estabilização de encosta, realizamos todo o diagnóstico do problema e encaminhamos a demanda para a secretaria competente que, nos casos citados, por exemplo, é a Secretaria de Infraestrutura”, explica Abelardo Nobre. Este ano o período chuvoso ultrapassou a marca do que era previsto. Em maio, Maceió registrou 575 mm de chuva, quando era esperado para o mês apenas 294 mm. Durante todo o ano, até o início de dezembro, foram 2.528 mm, 40% a mais do previsto pela meteorologia.

“Enfrentamos um rigoroso período chuvoso e trabalhamos sem parar, para atender a população maceioense e, graças a uma equipe empenhada e um planejamento bem executado, passamos por este inverno sem registrar mortes nas capital”, enfatiza Abelardo.

Ajuda humanitária

Por consequência das fortes chuvas e da inundação, eventos que ocorreram em um curto espaço de tempo e atingiram diversas famílias, a Defesa Civil fez a distribuição de donativos para milhares de pessoas. Na inundação que ocorreu em julho, foram registrados 4.088 desabrigados, 5.719 desalojados e um total de 15.000 afetados. Várias escolas municipais serviram de abrigo temporário para essas pessoas, onde eram oferecidas as três refeições do dia e água mineral, além de colchões, roupas, cestas básicas, além de kits de higiene pessoal e limpeza. As ações contemplaram os moradores que tiveram suas casas inundadas do Fernão Velho até o Pontal da Barra.

Prevenção

Antes do início do período chuvoso a Defesa Civil de Maceió colocou em prática o plano de enfrentamentos às chuvas, o Previne Maceió. Nele, constam todas as ações desenvolvidas pelo órgão com a finalidade de mitigar os riscos. Uma das ações mais relevantes é a aplicação de lonas nas encostas, uma medida paliativa enquanto as obras de estabilização ainda estão em processo, para evitar deslizamentos. Foram utilizados 50.966 m² de lonas e mais de 280 pontos foram beneficiados. “Mesmo sendo uma solução temporária, a medida foi muito eficaz, pois tivemos bem menos danos do que os registrados em invernos passados”, expõe. .

*Com informações da assessoria

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