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Nº 5759
Cidades

Maceió tem a 4ª maior taxa de infecção de gestantes com HIV

Segundo Ministério da Saúde, à frente da capital alagoana estão Porto Alegre, Boa Vista e Rio de Janeiro

Por Regina Carvalho | Edição do dia 05/01/2023 - Matéria atualizada em 05/01/2023 às 04h00

O panorama sobre a Aids do Ministério da Saúde, divulgado no fim do ano, mostra que de 2000 até junho de 2022, foram notificadas 149,5 mil gestantes parturientes/puérperas com infecção pelo HIV. Desse total, 18,9% eram residentes na região Nordeste. Em 2021, Maceió registrou a quarta maior taxa de detecção de gestantes com HIV, de 5,7 casos por mil nascidos vivos entre as capitais.

À frente de Maceió, ou seja, com maiores taxas de infecção de gestantes estão Porto Alegre, Boa Vista e Rio de Janeiro. Respectivamente, 17,1 casos/mil NV; 7,9 e 6,2 casos/mil.

Já outras sete capitais, em 2021, apresentaram taxa de detecção inferior à nacional, que foi de 3 por mil nascidos vivos: São Paulo (2,9 casos/mil NV), Vitória e Rio Branco (2,6 casos/mil NV), Teresina (2,5 casos/mil NV), Goiânia (2,3 casos/mil NV), Belo Horizonte (2,1 casos/mil NV) e Brasília (1,1 casos/mil NV). 

Em relação a 2021, o levantamento do MS aponta que foram identificadas 8.323 gestantes com infecção pelo HIV, sendo 31,9% no Sudeste, 24,7% no Nordeste, 24,4% no Sul, 12,9% no Norte e 6,1% no Centro-Oeste. 

Naquele mesmo ano, os três estados que apresentaram os maiores percentuais de casos: São Paulo (15,3%), Rio Grande do Sul (13,2%) e Rio de Janeiro (11,2%).

“Entre 2011 e 2019, a taxa de detecção de gestantes com infecção pelo HIV elevou-se em 30,8% (passando de 2,3 para 3,0 casos/mil NV), seguida de estabilidade nos anos consecutivos. A tendência de aumento também se verifica nas regiões do Brasil, sendo que as regiões Norte e Nordeste apresentaram os maiores incrementos dessa taxa nos últimos dez anos (100,9% e 74,1%, respectivamente)”, informa o boletim do MS.

Entre 2011 e 2021, as taxas de detecção de gestantes com infecção pelo HIV na região Sul vêm apresentando estabilidade, porém em patamares elevados, muito acima da média nacional (5,4 casos/mil NV em 2021). 

Em 2021, foram observadas 12 UF com taxas de detecção de gestantes com infecção pelo HIV superiores à taxa nacional, com destaque para o Rio Grande do Sul (8,4 casos/mil NV), Roraima (5,6 casos/mil NV), Santa Catarina (5,4 casos/mil NV), Rio de Janeiro (4,7 casos/mil NV) e Amazonas (4,0 casos/mil NV).

No período de 2000 até junho de 2022, foram notificadas no país 149.591 gestantes/parturientes/puérperas infectadas pelo HIV, das quais 8.323 no ano de 2021, com uma taxa de detecção de 3,0 gestantes/mil nascidos vivos (NV). A taxa de detecção de gestante/parturiente/puérpera tem se mantido estável desde 2018, não sendo observadas mudanças no período de pandemia. 

Segundo panorama do MS, entre 2011 e 2021, um total de 52.513 jovens com HIV, de 15 a 24 anos, de ambos os sexos, evoluíram para aids, mostrando a importância do desenvolvimento da doença nessa faixa etária e a necessidade de envidar esforços para a vinculação nos serviços e adesão à terapia antirretroviral (TARV). Em 2021, a razão de sexos entre jovens de 15 e 24 anos foi de 36 homens para cada dez mulheres.

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