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Nº 5759
Cidades

POLÍCIA MILITAR EXPULSA SARGENTO QUE MATOU IRMÃOS EM ABORDAGEM

Episódio resultou na morte de Josivaldo e Josenildo Ferreira Aleixo no Village Campestre

Por Mariane Rodrigues | Edição do dia 02/02/2023 - Matéria atualizada em 02/02/2023 às 09h16

A Polícia Militar de Alagoas expulsou da corporação o sargento Jonhneson Simões Marcelino, condenado a mais de 50 anos em regime inicialmente fechado, por matar dois irmãos com deficiência durante uma abordagem no Village Campestre, em Maceió, em março de 2016. A expulsão foi publicada no Boletim Geral Ostensivo desta quarta-feira (1º). Além da morte dos irmãos Josivaldo e Josenildo Ferreira Aleixo, respectivamente de 16 e 18 anos, mais dois policiais foram baleados de raspão e uma terceira pessoa que passava pelo local foi atingida, mas sobreviveu.

De acordo com o Boletim, o licenciamento de Jonhneson Simões Marcelino, exclusão dos quadros da Polícia Militar, se deu “em razão da prática de atos que afetam o sentimento do dever, a honra pessoal e o pundonor policial militar e o decoro da classe quando de serviço pelo 5º BPM realizou uma abordagem policial resultou nas mortes de Josivaldo e Joseildo Aleixo, e do pedreiro Reinaldo da Silva”.

Em novembro de 2021, ocorreu o julgamento e ele foi condenado por homicídio triplamente qualificado e homicídio culposo. Ele foi condenado a 53 anos e 1 mês, e depois que acabar a pena, mais 1 ano e 1 mês. A Justiça definiu também que Johnerson vai pagar 24 anos e 6 meses pela morte do Josenildo e 28 anos e 7 meses pelo crime contra Josivaldo. O juiz decretou que a viúva do pedreiro seja indenizada em, no mínimo, R$ 80 mil como forma de compensação pela morte de Reinaldo. De acordo com as investigações, os irmãos foram abordados com agressividade por policiais no momento em que retornavam da casa de um parente, em março de 2016. Um deles teria reagido à violência e Johnerson Simões Marcelino sacado a arma para feri-los. Os disparos atingiram e mataram os irmãos, além de Reinaldo da Silva, que passava do outro lado da rua. Uma quarta vítima sofreu lesões leves. De acordo com o Ministério Público Estadual (MPE), após a execução do crime, o policial militar Johnerson Simões Marcelino colocou os dois irmãos feridos na mala da viatura e, depois de trafegar alguns metros com as vítimas dentro do carro, retornou à cena do assassinato para recolher as cápsulas dos projéteis deflagrados.

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