Cidades
AL NÃO TEM CASOS REGISTRADOS DE MONKEYPOX NO MÊS DE JANEIRO
São 22 casos confirmados até o momento, o que representa 4,4% do total de notificações no estado

Nenhum caso de Monkeypox (MPX), varíola dos macacos ou varíola símia, foi registrado no mês de janeiro de 2023 em Alagoas. O dado positivo, que consta no Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau/AL), aponta que a doença não avança no estado e segue controlada.
De acordo com os números do último dia do mês, 31 de janeiro, das 501 notificações de casos suspeitos de Monkeypox, Alagoas tem apenas 22 confirmados, o que representa 4,4% do total. Até o momento, foram 387 descartados (77,2%) e 09 casos (1,8%) encontram-se em investigação. Há 05 casos prováveis (1%) e 71 com perda de seguimento (14,2%).
Os casos confirmados até o momento são em seis cidades. Maceió é a localidade com maior número: 16 no total. Murici contabiliza dois casos confirmados; já os municípios de Arapiraca, Rio Largo, Viçosa e Atalaia aparecem com um caso em cada. Até o momento, Maceió, Coité do Noia, Estrela de Alagoas e Japaratinga são as únicas cidades do estado que apresentam casos suspeitos. O maior número é na capital alagoana, com seis casos; as demais aparecem com um caso em cada município.
Foram excluídos 07 casos por não atenderem definição proposta pelo Ministério da Saúde e eles estão nos municípios de Arapiraca, Batalha, Maragogi, São Miguel dos Campos, Pindoba, Piaçabuçu, e Viçosa.
Quando se refere à distribuição por sexo, a maioria dos suspeitos é entre sexo masculino: 264, o que representa 52,7%; já entre o sexto feminino são 237, ou seja, 47,3%. A faixa etária com maior número de notificação entre os casos notificados é a de 20 - 29 anos, com 130 casos (25,9%), seguida de 15 - 19 anos com 75 casos (15%). Quanto ao perfil dos casos confirmados, o sexo masculino corresponde a 91% de Monkeypox e a faixa etária predominante dos casos confirmados é de 20-29 anos com (09 – 40,9 %) e 30-39 anos com (07 – 31,8%). Segundo o médico infectologista, Fernando Maia, a doença sumiu no Brasil e na maioria dos países “Não há uma resposta definitiva para esse sumiço. Apesar disso, é necessário que a população fique em alerta para situações de risco, principalmente relações sexuais. Caso o potencial parceiro apresente alguma lesão suspeita, melhor evitar a relação e o contato físico”, disse Maia.
SOBRE A DOENÇA
A Monkeypox, atualmente renomeada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de Varíola M, é uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animal silvestre (roedores) infectado; pessoa infectada pelo vírus monkeypox; e materiais contaminados com o vírus. Os sinais e sintomas, em geral, incluem erupções cutânea ou lesões de pele; adenomegalia – Linfonodos inchados (ínguas); febre; dores no corpo; dor de cabeça; calafrio; e fraqueza. O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da monkeypox (período de incubação) é tipicamente de 3 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, o período em que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a outras pessoas.
As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes da febre. As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas, que secam e caem. O número de lesões em uma pessoa pode variar de algumas a milhares de lesões. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, olhos, órgãos genitais e no ânus.
O diagnóstico da monkeypox é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. O teste para diagnóstico laboratorial será realizado em todos os pacientes com suspeita da doença. A principal forma de transmissão ocorre por meio do contato direto pessoa a pessoa (pele, secreções) e exposição próxima e prolongada com gotículas e outras secreções respiratórias.