Cidades
COVID-19: APESAR DE QUEDA NOS CASOS, POPULAÇÃO DEVE ESTAR ATENTA
Infectologista afirma que não é o fim da pandemia e orienta ter cautela e esquema vacinal completo

Pela primeira vez desde o início da pandemia, em 2020, o Brasil não registrou nenhuma morte por Covid-19 em 24 horas, de acordo com dados do Ministério da Saúde e do Conselho Nacional de Secretário de Saúde (Conass) divulgados no último domingo (12). Apesar de dados animadores, que reforçam a queda também de casos confirmados, especialistas alertam para o período carnavalesco e atenção da população quanto à conclusão do esquema vacinal.
Os divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (CIEVS/AL), nessa segunda-feira (13), apontam que, até o momento, foram registrados 921.281 casos da doença em Alagoas, sendo 418 (0,05%) em investigação, 337.191 casos confirmados (36,6%) e 583.672 (63,4%) descartados. Das 329.498 pessoas diagnosticadas (97,7%), estão recuperadas. Já para 7.241 pessoas (2,1%) dos casos foram registradas mortes.
Os dados também apontam que 181.971 mulheres (58,5%) tiveram quadros de Síndrome Gripal. Já os casos envolvendo pacientes do sexo masculino chegaram aos 128.909 (41,5%). Em relação aos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, até agora, a maior quantidade de casos é registrada no público masculino, com 14.008 (53,2%) do total. Entre as mulheres a incidência é menor, 12.303 casos (46,8%). Entre os municípios alagoanos, a capital Maceió, com 131.560, é a cidade com maior número de casos. Na capital do estado foram registrados: 3.208 óbitos e 223 casos estão sob investigação. Arapiraca é a segunda cidade alagoana com mais casos, sendo 41.813 confirmados, 592 óbitos e 19 casos em investigação. Marechal Deodoro vem, em seguida, com 8.800 casos, 132 óbitos e 8 pacientes aguardam resultado de investigação laboratorial.
Para o infectologista Fernando Maia, a vacinação e a continuidade da adoção das medidas de proteção não podem ser relaxadas. “A gente está numa situação, digamos favorável no momento. O número de casos vem caindo. Isso é resultado do arrefecimento da pandemia. Não é momento ainda de relaxar nas medidas de controle. É fundamental, no momento, vacina e proteção.”, disse. O especialista adverte que eventos de Carnaval, como as prévias e a festa em si, devido às grandes aglomerações, são situações propícios para uma grande possibilidade de transmissão e a infecção de pessoas por várias doenças, principalmente doenças respiratórias, por isso é fundamental acender o alerta para a possibilidade do aumento de casos de covid-19.
Fernando Maia afirma que com a quantidade maior de pessoas vacinadas, os surtos da doença tendem a diminuir. “Infelizmente muitas pessoas ainda não se vacinaram e, outras tantas, não completaram o esquema vacinal. A vacina é a única ferramenta que controla surtos de doenças respiratórias. A medida mais importante, efetivamente, é a vacinação”. Sobre a possibilidade de as aglomerações carnavalescas poderem produzir casos mais graves, o especialista esclarece alguns pontos. “Quanto mais doses, mais forte e imunizado. No contato mais prolongado com alguém infectado, você que não está imunizado, ou não finalizou o esquema vacinal recomendado, adquire uma quantidade maior de vírus, então você pode fazer uma forma grave da doença. Realmente esse risco é real”, confirmou o infectologista. Portanto, quem não está imunizado, ou não finalizou o esquema vacinal, corre mais riscos de contrair não apenas Covid 19, mas outras doenças de transmissão respiratória e também infecções sexuais para quem não se protege durante a relação e o contato íntimo.